Pego

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 ~Willow pov~

   Eu estava no ônibus olhando pela janela.

   Eu ainda não tinha me esquecido de ontem a noite. Todos estavam comentando sobre isso. Eu estava muito feliz. Ainda estava chateada por minha madrasta não ter ido ontem... Mas quem liga? Meu pai e os outros estavam lá também. É isso oque importa. Se eles estavam lá, é porque se importavam comigo. 

   O ônibus parou e desci dele. Entrei na escola e no meio do corredor avistei uma pequena multidão. Eles estavam olhando para alguma coisa. Talvez o quadro?

-Willow! Você chegou bem na hora! Vem!- O Gus chegou e me puxou pelo braço para o meio da multidão. Quando o pessoal me viu, abriram espaço para eu passar. Eu passei e vi que eles estavam olhando para um papel de classificação que estava colado no quadro.


   Os vencedores do concurso de música:

   1- Willow Park

   2- Charlie Dias

   3- Julie Santos


-Eu... venci?- Sussurrei.

-Sim! Você venceu!- Gus gritou.- AAAAAAAA! Tô muito orgulhoso de você! AH, eu vou chorar!

- Ei, se acalme!- Eu abracei o Gus.- Não preci...

  Antes que eu terminasse a frase, Hunter avançou em mim, me abraçando.

-Você venceu!- Hunter sorriu.

-Eu sei!- Eu sorri de volta.

-Você é INCRÍVEL!- Ele gritou.- É por isso que eu te amo!

-Que?

-Que?- Hunter corou de vergonha.

-É O AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRR.- Gus cantarolou.

-Cala a boca!

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   Eu fui voltando para casa muito feliz.

   Mal podia esperar para contar para o meu pai! Fui andando até em casa. Quando entro na casa, meu brilho sumiu. Ah não.... Ao invés do meu pai estar em casa, estava o amante da minha madrasta. Droga. Eu tinha que suportar ele até meu pai chegar. Como sempre, ele lançou para mim um olhar de malícia. Eu ignorei o seu olhar e subi as escadas. No meio do caminho, eu arrepiei quando ele começou a falar.

-Como foi a aula, docinho?- Ele perguntou.

  Docinho? Normalmente quem me chamava assim era meu pai. Mas um cara que eu não conheço me chamar de docinho já era muito estranho. Ok, esse clima está ficando estranho.

-B-bom...- Eu respondi com a voz trêmula.

-Tá interessado em alguém na escola?- Ele perguntou.

-Não.- Eu respondi torcendo para que ele acabasse de fazer perguntas.

-Tá namorando?- Ele perguntou. 

-Como eu disse, eu não estou interessada em ninguém.- Eu respondi já meio impaciente.

-E eu? Está interessada em mim?- Ele perguntou. Naquele momento, meu coração parou na garganta.

-Não! Sai fora! Que nojo!- Eu corri para o meu quarto.

  Quando entrei dentro do meu quarto, ele me seguiu e fechou a porta. Ele me jogou contra a parede e começou a me apalpar. Ele ficou se esfregando em mim e tentando me beijar. Eu fiquei desesperada. Meu coração ficou batendo mais forte e rápido. Fiquei me debatendo, tentando se livrar dele, até que eu dei um empurrão nele. Eu corri, saindo do meu quarto e me trancando no banheiro.

  Ao me trancar dentro do banheiro, sentei no chão e comecei a chorar. Eu fiquei tremendo de medo, com medo de ele abrir a porta. Minha mente ficou processando oque acabara de acontecer. Eu não queria que aquilo fosse verdade. Eu me recusava a acreditar naquilo.

  Meu peito ficou doendo de tanto chorar. Sequei as minhas lágrimas e olhei para o chão. Eu preciso por um fim nisso. Eu não aguento mais. Oque eu posso fazer para aquele cara se ferrar. Contar a polícia? Sim, mas... como posso provar? Não posso simplesmente denunciar o amante da minha madrasta sem provas. Como eu posso fazer isso?

  Eu peguei o celular que estava no meu bolso e olhei para ele. Eu pensei em ligar para o meu pai, mas se minha madrasta descobrir, ela irá falar que eu estou inventando para destruir o casamento deles. Oque eu posso.... é claro. Tudo oque eu tenho é o celular. Eu posso gravar tudo e mandar para a polícia. Que plano perfeito! Como eu não pensei nisso antes?

 Hora de por um fim nisso

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  No dia seguinte, aproveitei que não tinha aula e o amante da minha madrasta ainda não tinha chegado, coloquei meu celular gravando em uma prateleira, colocando alguns objetos para esconder ele. Assim, quando eu certifiquei de que meu celular estava escondido, deitei na cama e peguei um livro, fingindo estar lendo.

  Quando escutei o carro do meu pai saindo, respirei fundo, me preparando para enfrentar o monstro. Escutei minha madrasta ligar para o seu amante, o chamando para vir aqui em casa. Depois de alguns minutos, escutei a porta abrir.

  Olhei para a câmera pela última vez, para ter certeza de que está gravando. Eu escutei a porta do meu quarto abrir. Era ele. O monstro. O monstro se aproximou e sentou no meu lado.

-Tudo bem?- Ele perguntou. Eu fiquei calada. Quando senti a sua mão apalpar a minha coxa, eu a tirei com agressividade.- Calma, eu vou te machucar. O amor não pode machucar.

   De repente, ele me deitou. E, mais uma vez, ele começou a me apalpar. E para eu não gritar por ajuda, ele tampou a minha boca. Aquele nojento ficou passando a mão no meu corpo. Eu gritei de desespero, mas o grito foi abafado. Quando pensei que acabou, senti ele abaixando as minhas calças lentamente. Por impulso, eu chutei sua barriga com muita força.

   Ele parou o que estava fazendo e gemeu de dor. Aproveitei que estava livre, peguei um livro grosso e bati na cabeça dele. A batida foi tão forte que ele desmaiou, caindo no chão. Quando ele caiu no chão, eu fiquei aliviada. Finalmente acabou.

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 ~Hunter pov~  

  Eu estava andando na rua quando decidi ir na vasa da Willow. Toda vez que eu me sinto mau, eu visito a Willow para me sentir melhor. Quando eu estava chegando, avisto uma viatura em frente a sua casa. Meu coração para naquele momento. Ah não. Aconteceu alguma coisa? Willow está bem? Será que...?

    Eu corro até lá. Quando chego, avisto a Willow do lado de fora tremendo, seus olhos demonstravam desespero.

-Willow! Oque aconteceu?!- Eu corri até ela e a abracei.- Tá tudo bem?

-Eu...- Ela tentou encontrar palavras para explicar, mas não conseguiu. Começou a chorar. Eu abraço ela mais forte, para tentar acalmar ela.

   Em questão de segundos, saiu da casa dela dois policiais segurando um homem de cabelos castanhos. Quando Willow viu aquele homem, se encolheu mais ainda. Até que eu comecei a entender tudo.

-Ele te machucou?- Eu sussurrei. Ela balançou a cabeça indicando que sim.

  Eu senti uma fúria surgir dentro de mim. Como ele tem coragem de machucar uma garota tão dócil? Tão gentil? Tão.... maravilhosa.... Eu saí do abraço e fui até aquele homem. Ou eu devo dizer monstro.

-Ei, você!!! - Eu gritei. O homem virou na mesma hora. Quando cheguei perto dele, eu soquei a sua cara com muita força.- Se mexer com ela de novo, você está morto.

  O homem ficou meio assustado. Os policiais colocaram o homem no carro e saíram. Eu dei meia volta e fui até a Willow.

-Vai ficar tudo bem, ok? Ele já foi embora.- Eu abracei ela confortando-a

-Obrigado....- Ela sussurrou com a voz trêmula.

-Está tudo bem...- Eu disse.- Você está segura agora. Ele não vai te machucar mais.

Apaixonados Por Acidente (AU Human) Toh HuntlowOnde histórias criam vida. Descubra agora