Against The Time | Zayn Malik

Capítulo XVI: Sua casa é assombrada

— Você está com fome? — Zayn perguntou para Jane. — Porque se estiver, podemos ir em algum restaurante, você gostou daquele em que jantamos? Porque...

A cabeça de Jane girou dentro daquele elevador só de pensar em Zayn comprando um vinho de duas mil libras outra vez como se não fosse nada de mais. Ela estava segurando uma pilha pesada de livros que tinham comprado, o que não ajudava.

— Acho que quero um hambúrguer. — Ela disse. — Um bem grande. Mas se for grande demais podemos dividir. Conhece algum lugar assim?

Zayn abriu um sorriso divertido.

Os dois tinham acabado de voltar de uma manhã de passeios por mais pontes de Londres, dessa vez passaram pela Tower Bridge e pela Westminster, mas Zayn disse que sua favorita ainda era a Millennium e Jane ficou ansiosa pelo dia seguinte então, para conhecer a ponte favorita dele.

— Você gosta muito de pontes. — Ela disse quando estavam Foyles, passando por cada um dos andares e folheando vários livros.

— E você de livros. — Zayn respondeu seguindo-a por um corredor.

— Já quis ser outra coisa? Tipo um arquiteto?

— Eu não sei. — Zayn respondeu. — Quando eu era pequeno tinha certeza que seria um piloto de corrida.

— Mas você nunca correu? — Jane ergueu as sobrancelhas, tirando os olhos de cima de um livro de capa dura. — Você é dono de uma marca de carros. Já deve ter corrido.

— Tem razão. — Zayn assentiu. — De um jeito bem louco e perigoso em umas corridas clandestinas e na avenida principal da West End as duas da manhã. — Disse com ironia. — Fui preso três vezes, com 17, 18 e —— anos.

— Você não está falando sério. — Ela ergueu as sobrancelhas. — Não pode estar falando sério.

Zayn olhou para ela surpreso, com certeza tinha falado demais, mas também não queria ter que pensar em coisas que deveria esconder de Jane.

— Agora vai ter que me contar tudo, anda logo.

— Custou só uma fiança alta e quase perder a minha carteira. Um pouco de dignidade também, Greta e minha mãe quase morreram de desgosto.

— Metaforicamente?

— Ah, de jeito nenhum. Elas ficaram arrasadas mesmo. — Balançou a cabeça. — Mas aprendi a minha lição quando os advogados do meu pai combinaram de não atender as ligações e me deixar passar uma noite na cadeia na terceira vez.

— Uau. — Jane fechou o livro. — Deve ter sido tão sofrido para você. — Jane revirou os olhos para não rir e saiu de perto dele, mas os dois continuaram conversando sobre pontes e leis de trânsito.

Eles entraram no apartamento de Zayn quando a noite já estava caindo e colocaram os livros em cima da mesa de jantar para descansar um pouco os braços.

— Onde você vai colocá-los? — Jane sorriu, observando Zayn caminhar para dentro da cozinha.

— Na sua mochila, é claro. — Ele respondeu sem olhar para trás. — Não que eu ache que vá caber.

Ela franziu a testa.

— O que?

— Escolhi todos com você para que gostasse também, são seus, Jane. Comprei para você. — Zayn estava abrindo a geladeira e retirou uma garrafa de cerveja da porta.

— Mas Zayn... — Ela o olhou chocada, seguindo para dentro da cozinha também. — Já estou aqui há uns quatro dias.

— E ainda ficará por mais alguns antes que eu te leve de volta, não é? — Ele se virou para ela e deu um passo para se aproximar, o que deixou Jane com o ar preso nos pulmões.