Mais uma att dessa história que tanto amo!
Dedicada par Deb - de novo.
Boa leitura!
8 – Ode à Felicidad
Os dias de sol estavam no fim, e Neil estava feliz.
A viagem para as montanhas foi ótima. Todos pareciam ter concordado sem palavras em não pensar sobre Andrew, o que fez Neil ser o único a manter a mente no outro.
Neil riu quando um urso derrubou Seth e quase arrancou a cabeça dele em uma dentada, mas só por um instante.
Ele congelou, tentando se lembrar se havia alguma estatística de animais selvagens vagando na cidade. Ele tinha absoluta certeza que se um urso chegasse a civilização, iria correndo diretamente na direção de Andrew.
Neil ergueu os olhos para Matt, que sorriu diante daquela expressão adorável de preocupação, com as sobrancelhas muito juntas e os lábios afastados.
– Ele está bem. Estou de olho, não se preocupe – Garantiu com um sorriso, dando um tapinha nas costas dele ao reconhecer pela centésima vez o olhar de que estava pensando no humano, de novo – Qual a preocupação de agora?
Neil mordeu o lábio inferior, subitamente sem fome. A sede nunca era completamente saciada desde que conhecera Andrew, mas não adiantava forçar.
– Animais selvagens à solta?
– Bem, você está aqui – Seth se meteu, com as roupas completamente rasgadas e destruídas. Ele nunca se alimentava direito, parecia uma criança.
– Não estou falando de mim – Revirou os olhos, cansado ao se sentar em uma pedra, vendo Matt se aproximar – É só... Andrew é fodido. Qualquer coisa ruim que puder acontecer com alguém... vai acontecer com ele. Ele pode sofrer um acidente. Ter alguma doença. Ser atacado. Assaltado. Um raio. Você já viu os noticiários? Eles morrem o tempo inteiro, e.. – Neil suspirou, negando com a cabeça.
– Não seria mais fácil se ele morresse? – Seth questionou, e embora tenha soado abertamente babaca, era óbvio que estava tentando entender aquilo.
– Não, não seria.
– Principalmente porque Neil não quer uma solução fácil – Dan interveio, aparecendo junto com Allison, e todos olhavam para ela – Não me olhem assim, todos sabemos. Neil não quer apenas um jeito de não ter essa... essa canção da morte. Duvido que você deixaria de agir como um maluco ao redor dele, se simplesmente parasse de sentir o cheiro.
Bem, ela não estava errada.
– Eu não consigo imaginar como isso funcionaria – Allison disse, movendo os ombros – Quero dizer... Matt diz que você está apaixonado pelo cara. Mas como... como isso daria certo? Um humano, e um de nós?
– Não vai dar certo e eu não estou apaixonado. Não estamos fazendo uma roda para falar sobre Andrew – Avisou incomodado ao ver que agora todos estavam lhe cercando, e Renee suspirou.
– Sabe, Neil, seria muito mais fácil se você simplesmente nos permitisse fazer parte. Não está sendo fácil, e você outra vez está tentando lidar com tudo sozinho – Dan avisou, apoiando as mãos sobre os ombros de Matt, que havia se acomodado ao lado de Neil.
– Você nunca esteve em um relacionamento antes, e... – Renee concordou, com sua mente tão ansiosa por ajudar o irmão.
– Isso não é um relacionamento. Isso não é nada – Interrompeu, se erguendo – Andrew é humano. Ele vai permanecer humano. Fim dessa conversa.
– Mas...
– Deixem ele em paz – Matt disse, revirando os olhos – Neil vai nos procurar quando quiser ajuda. Ele sabe que... estamos aqui. Não importa o que decida, estamos aqui – A última frase, foi dita o olhando nos olhos, e Neil não deixou de sentir um peso a menos.
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Canção da Morte || ANDREIL
Hayran KurguNeil Josten jamais deveria ter cedido; Quando percebeu que a pura existência de Andrew colocava a si, e sua família em risco, deveria ter sido maduro o suficiente para resolver aquilo da maneira mais simples. Era imortal, e a imortalidade deveria si...