Canção da Morte || ANDREIL

A canção da morte

Boa leitura rs

30 – A canção da Morte

Aaron não conseguiu parar de pensar sequer um minuto durante a noite, porque sabia que em breve precisaria tomar uma decisão.

Desde que descobriu os segredos de Josten, desde que se tornou um deles, tudo o que pensava era em como não deixar o irmão ser arrastado por aquela merda.

Andrew ainda poderia ser salvo, ele não precisava estar condenado.

Aaron acreditava que a vida já havia sido injusta demais com o gêmeo, e ele não merecia mais aquela penitência a pagar.

Ele não deveria ser condenado a se apaixonar por Neil Josten.

E nem a outra coisa, com a imortalidade, a morte e o resto. Isso era quase tão ruim quanto Neil Josten.

A questão é que com o aparente sumiço do ruivo, era óbvio que o comportamento prudente de Andrew em breve iria resultar em algo muito ruim.

Aaron suspirou ao sair daquele quarto, pouco antes do amanhecer, quando Renee enviou uma mensagem dizendo que havia assumido o controle do problema de Andrew novamente, e estava lidando com a dor da canção da morte por ele.

Finalmente pode ir para casa, escapulindo pela janela e fingiu dormir por algumas horas, até o primo ir até sua porta lhe chamar. Fingiu a normalidade de sua rotina, enquanto pensava em qual atitude tomar.

Deveria avisar aos outros vampiros que Andrew definitivamente iria fazer alguma merda pelo ruivo idiota?

Aaron achava que não deveria se meter, mas ao mesmo tempo, sentia que precisava ser sincero com aquelas pessoas, agora que a vida dele estava presa naquela família.

Ainda era difícil saber porque seu gêmeo idiota não poderia ter se apaixonado por qualquer outro idiota do planeta que no mínimo fosse humano. Mas não. É claro que pessoas humanas normais eram demais de se esperar de Andrew.

Aaron chegou na escola junto com o primo, e estava alheio ao que ele dizia. Apenas queria achar o gêmeo logo, e perguntar que merda ele planejava para resgatar Neil, sendo apenas um humano burro com ideação suicida.

Aaron suspirou, e pensou melhor. Andrew e Neil se mereciam.

– Ei, Nicky. Pode entrar. Vou esperar por Andrew aqui.

– Acha que ele está bem? Com essa coisa toda de Neil estar doente misteriosamente... Eles parecem se gostar muito.

– Que nojo – Resmungou automaticamente, vendo ele suspirar.

– Você parece homofóbico falando assim, sabe? – Não escondeu um traço de desanimo, e Aaron revirou os olhos.

Toda vez era a mesma merda.

– Eu não sou homofóbico. Só não acho prudente...

– Você esperava prudência de Andrew? E, de qualquer forma, Neil é bem inofensivo. E é maluco por Andrew. Isso é óbvio para qualquer um. Porque não pode aceitar isso?

– Porque não.

– Isso estaria acontecendo se Andrew tivesse uma namorada?

Aaron torceu o nariz. Era ainda mais bizarro imaginar ele com qualquer garota.

– Eu preferia que Andrew decidisse por uma vida de reclusão, sabe? Solidão absoluta. Acho que faz mais o perfil dele.

– Aaron, ou você é esse tipo de irmão protetor que não quer ninguém com seu irmão, o que seria adorável, ou você é homofóbico. São as duas únicas explicações para as suas atitudes.