Time to Death

1.8K 268 457
                                    

Boa leitura!

14 – Time to Death

– Você iria preferir passar um mês sem cigarro, ou um mês sem sorvete?

Andrew o encarou de má vontade por um minuto longo, quase como se houvesse se esquecido de Neil ali ao seu lado no telhado da escola.

Eles haviam levado muito a sério o combinado de um deles ter cada dia como o seu para perguntas, e ainda assim detestava todas as de Neil.

O ruivo gostava dos seus dias, primeiro porque era um alívio não estar sempre preocupado em ser sincero demais e assustar Andrew, e ao mesmo tempo, porque gostava de saber todo o tipo de idiotice sobre ele.

– Sorvete é apenas algo que me ajuda a manter meu bom humor. – Respondeu, e Neil riu aberto para ele.

– O seu bom humor, é claro – Concordou – Você realmente se considera viciado em nicotina?

– Não – Resmungou, porque é claro que ele odiaria ser considerado um viciado.

O único ali era Neil, eles já haviam concordado sobre o assunto.

– Não é isso o que todos os viciados dizem?

Andrew se virou para ele, lhe encarando com uma irritação quase óbvia demais.

– Quando vamos ter dias de sol? Precio de um pouco de paz – Ralhou, e Neil sorriu de um jeito idiota, deitando a cabeça contra a parede atrás de si.

– Odeio dias de sol – Observou tardiamente, em um reflexo do que significavam dias ensolarados.

Neil achava Andrew muito mais quente do que a coisa no céu.

– Se serve de algum consolo, os dias de sol também devem te odiar.

Neil revirou os olhos, mas deu de ombros de um jeito um pouco cansado. Na manhã seguinte a temperatura já iria subir, e teriam três dias ensolarados. Não era algo realmente muito agradável.

Ele gostava de fugir da civilização, mas agora Andrew era parte dela.

– Deveria ir até a droga da festa e assistir seu irmão agir como um idiota apaixonado pela líder de torcida que nós ódiamos – Neil sugeriu, só porque já faziam quase três dias desde que descobrira que iriam estar juntos no dia seguinte, e ainda não havia descoberto como fazer os dois decidirem isso.

E, também, havia essa outra coisa que eles haviam entrado em acordo. Nenhum deles gostava de Katelyn.

– Você acabou de descrever uma seção de tortura.

– Achei que passar o dia comigo fosse uma seção de tortura. Você precisa decidir seus princípios, Drew.

– Porque não posso simplesmente não escolher nenhuma das duas opções e ter um dia de paz?

– Pff – Neil desdenhou com deboche, revirando os olhos – Você é Andrew Minyard. Paz está fora de seu alcance.

O silêncio sobre caiu entre eles em seguida, e Neil se sentia ansioso, é claro. Falavam muito dos três dias de sol. Faziam piadas idiotas sobre Andrew fugir de Neil e ter paz nesses dias, mas havia planos no passado sobre dias de sorvete no masserati que Neil não conseguia esquecer.

– O que você faz em dias de sol?

– Quando eu e meus irmãos estamos juntos, vamos caçar. Nos afastamos para algum parque distante ou qualquer porcaria dessa.

– E quando não estão?

– Eu gosto de correr – Disse, suave – As montanhas são legais de escalar.

Canção da Morte || ANDREIL Onde histórias criam vida. Descubra agora