Laços de Sangue

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Boa leitura rs

31 – Laços de sangue

Andrew não tinha certeza de como aquele dia terminaria.

Tudo o que sabia é que Neil estava dentro daquele prédio, e entre eles haviam milhares de vampiros nada amistosos, que os venciam em números.

Matt tinha os olhos estreitos, tentando ver todas as maneiras que aquele dia poderia terminar, analisando cada rota de fuga e todas as possibilidades de saírem dali com vida.

Stuart pensava em estratégias de barganha. Em como vencer aquilo, envolvendo a menor possibilidade de um confronto possível.

Aaron pensava que odiava Andrew e Neil. Eles eram responsáveis por ele estar vivenciando aquela merda toda. Ele deveria estar em casa, estudando para o exame de física.

Todos eles pensavam em várias coisas ao mesmo tempo.

Andrew pensava em apenas uma, e foi o primeiro a abrir a porta do carro e descer.

Era tolice ficarem parados ali, visto que obviamente os guardas já tinham visto ele, Riko estava em pé diante da porta e não havia mais como voltar.

Os outros seguiram Andrew, e Aaron se colocou o mais perto possível dele. A cada minuto ficava mais nítida a estupidez de irem até ali, um covil de vampiros, levando um humano.

– Você tinha um trunfo na manga – Riko disse, encarando Andrew, em menção a Aaron.

Ele abriu um meio sorriso maníaco, fazendo um gesto de desdém.

– Sim, tento sempre manter ao mínimo um clone por perto caso alguma besta imbecil decida me estraçalhar vivo. É bom para os negócios.

– Cala a boca, Andrew – Matt rosnou entre dentes, ao mesmo tempo que Stuart pousava a mão em seu ombro pedindo prudência.

Eles não esperavam que ele tentaria irritar Riko, que já tinha motivos e circunstâncias favoráveis para lhes matar. Estavam acostumados a terem apenas Neil como membro sem filtro naquele grupo.

– Riko, imagino que seja o encarregado por aqui? – Stuart começou, com o tom sério. Era apenas uma forma de perguntar quem mandava no lugar, sem deixar óbvio que não acreditavam ser ele.

– Eu sou o encarregado por fazer uma grande fogueira e queimar seus corpos.

– Mas quem exatamente segura sua coleira? – Andrew insistiu, ouvindo Aaron suspirar.

Nesse ponto, vários deles já haviam se movimentado para ficarem mais próximos do grupo. Sabiam que se voltassem para o carro seriam pegos, e que a chance de conseguirem furar a proteção e entrar no prédio eram igualmente zeradas.

Eles olhavam para Matt, que estava em pânico. Era muito mais fácil bolar aquele tipo de coisa com Neil por perto. Ele estava prestes a falar para Stuart que todos os futuros próximos envolviam eles mortos, quando algo começou a surgir. De início fraco, mas foi ganhando força aos poucos.

Quando saíram de casa, Renne acordou Dan, contou o que havia acontecido e obviamente nenhuma das duas aceitou ficar para trás. Premeditando isso, Andrew antes de descer do carro havia enviado uma mensagem para Renee com a localização atual deles.

As duas vieram correndo, o que as deu tempo de prontidão, afinal os outros vieram de carro.

Foi rápido e astuto. No instante em que se aproximaram de Seth e Allisson que estavam ao redor para cobertura, viram a quantidade de pessoas.

Riko se virou ao sentir a movimentação deles, mas era tarde demais. Um a um, eles foram caindo no chão, apagados pelo poder de Renne. Quando Riko entendeu, no segundo seguinte, e tentou ir até elas, foi o próximo a cair apagado, e Renne se deixou desabar de joelhos, arfante.

Canção da Morte || ANDREIL Onde histórias criam vida. Descubra agora