Rhapsody in Blue

2K 288 647
                                    

Boa noite! Desculpem a demora para a att de hoje! Meu dia foi uma loucura!

Espero que se divirtam!

Boa leitura!

16 – Rhapsody in Blue

Andrew Minyard não fazia ideia dos pensamentos de Neil. Então, ele estava apenas existindo normalmente, sem ao menos desconfiar do momento de revelações na cabeça do ruivo.

Ele simplesmente havia percebido que era impossível correr daquilo. Da certeza de que Andrew era dele, e ele queria que fosse.

– O que você fazia antes? Da canção da morte?

– Não acho que entendi a pergunta – Neil disse curioso, olhando ainda fascinado para o loiro diante de si.

Era diferente olhar para ele, tendo completo entendimento do que significava para Neil.

– O que você fazia antes de mim? O que era sua vida antes dessa merda toda acontecer? Você passa quase o tempo inteiro ao meu redor. O que era esse tempo antes?

Neil fez um instante de silêncio, porque realmente precisou pensar. O que fazia antes de Andrew?

Parecia uma coisa tão difícil de se lembrar. O que era sua vida antes de seu humano? O que ele estaria fazendo hoje, se não fosse a canção da morte?

– Eu... corria – Disse, incerto.

– Só... corria?

– Bem... sim. Faz minha mente cansar de pensar, e me deixa no automático. Era um momento de paz. Se não estava correndo, ou caçando... estava com meus irmãos.

– Você disse que existem outras coisas como vocês. Você... conhece muitos? – Tornou a perguntar, e o fato de não ter feito Neil elaborar a resposta anterior só poderia significar que ele tinha algo que estava procurando com aquelas perguntas.

– Stuart tem muitos contatos, então sim. Vemos muitos vampiros ao longo dos anos – Disse, sincero – Alguns são legais. Outros eu não gosto tanto.

– Você diz que Stuart tem muitos contatos. Mas... e os seus? As pessoas que conhece?

– Meus irmãos?

– Você não conhece ninguém além deles? – Insistiu, seus olhos distantes nas árvores balançando com o fim da tarde.

– Os contatos de Stuart – Disse, rindo ao ver ele revirar os olhos – Você pode achar difícil de acreditar, mas não sou uma pessoa muito sociável. Qual a sua real curiosidade sobre isso?

– Outros humanos. Você já interagiu com outros humanos? – Continuou, fugindo da pergunta de Neil.

– Sendo completamente sincero, já é difícil eu interagir completamente com meus irmãos. Humanos costumam ser uma perda de tempo.

– Mas pelas histórias que conta, seus irmãos foram se... unindo conforme se conheciam. Alguns já eram da espécie de vocês, outros eram humanos. De qualquer forma, isso sugeria interação.

– Eles tentam se enturmar. E, às vezes, acontece aquela coisa sobre... não ter controle. Matt já se viu apaixonando por Dan antes de acontecer. Então se entregou para essa visão dele do futuro. Não é algo que possa ser... mensurado.

– Ele se viu apaixonado por ela? Achei que as visões dele eram subjetivas ao futuro, sobre decisões. Como uma pessoa pode decidir algo assim? É tão estúpido – Ele resmungou, e pareceu verdadeiramente revoltado, o que fez Neil se virar para ele com curiosidade.

– Não, ninguém consegue decidir se apaixonar assim. Mas... geralmente, esse é o tipo de coisa que é mais uma consequência de outras decisões. Ele decidir se mudar para a cidade onde ela estava fez ele a conhecer. Ele decidir se matricular na mesma classe, o fez estar perto. Decisões de estar ao lado dela, e coisas do tipo. Isso trilha um caminho, e nem sempre as coisas podem...

Canção da Morte || ANDREIL Onde histórias criam vida. Descubra agora