Warum?

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Boa leitura! (rs)

12 - Warum?

Neil estava ansioso para ver Andrew, acima de qualquer coisa. Então não foi qualquer surpresa quando chegou alguns minutos mais cedo na aula.

Queria tocar no assunto sobre Columbia outra vez apenas para ter certeza se realmente iriam juntos para lá. Obviamente, Neil havia pesquisado vários lugares onde vendiam doces dos quais imaginou que ele gostaria.

Era novo se importar com essa parte da humanidade; suas vidas e hábitos.

Quando o loiro passou pela porta, Neil percebeu que estava invariavelmente vivido na presença dele. Mesmo quando o xingava, mesmo quando o ignorava. Andrew ainda era magnético.

Ele esperou até que ele se sentasse, lhe golpeando com seu cheiro. O veneno em sua boca sempre se agitava com essa proximidade, depois de algumas horas longe. Era o mesmo impacto da primeira vez, e sentia como se jamais pudesse se recuperar.

Neil não sabia exatamente como falar sobre o que planejou. Irem os dois juntos para algum lugar com sorvete o suficiente para deixar Andrew entediado parecia ser uma missão importante. Havia pesquisado com afinco todas as sorveterias e casa de doces possíveis em lugares longe do sol, e estava extremamente aéreo.

Se estivesse mais focado, teria se preocupado um pouco mais. Teria notado a tensão entre eles na despedida do dia anterior. Teria se lembrado que Andrew, desde o começo, não queria várias pessoas junto com ele naquele dia.

O olhar dourado era brando, mas parecia estar... diferente. Com algo a mais, apimentando aquela encarada firme.

O loiro se virou para ele, muito sério após puxar a apostila e o caderno de dentro da bolsa, empurrando um apanhado de folhas grampeadas na direção de Neil, com aquela expressão de casualidade forçada.

- O que?

- Resolvido - Foi tudo o que ele murmurou, indicado para Neil acolher os papéis, e o ruivo o fez com a expressão duvidosa, abaixando os olhos para aquilo.

Era bagunça de rabiscos por toda parte, em algumas folhas. Para entender, resolveu começar na primeira, e arqueou o cenho de leve ao ver o próprio nome ali.

Eram informações difusas sobre ele. Haviam os nomes de seus irmãos, e de Stuart. Hatford sublinhado, tal como Josten.

- Eu sempre quis ter um stalker - Disse em deboche, se virando para Andrew, sabendo perfeitamente o quão hipócrita era por aquela observação, já que apenas tecnicamente era ele o stalker daquela relação.

Andrew desconfiava disso, mas não tinha certeza.

E tinha uma expressão séria ao indicar com o queixo que Neil continuasse a ler, e ele o fez, passando para a próxima página. Ali estavam listadas todas as coisas que Andrew achava estranhas nele, e Neil sentiu o coração travar. Eram muitas.

Haviam coisas que ele mal notava ser perceptível a olho humano. A mudança no tom de azul dos olhos. A ausência sempre em dias de sol. Falta de alimentação. A temperatura da pele. A falta de informações anteriores sobre ele ou sua família.

O desconforto deles perto de outros humanos, detalhadamente descrito como contração de músculos e narizes torcidos. Até mesmo padrão de respiração alterado.

Andrew Minyard do caralho estava prestando atenção até no padrão de respiração. Neil jamais havia desconfiado que ele fora tão longe a ponto de contar quantas vezes Neil parecia esquecer de fingir que respirava.

A cada folha que avançava, um novo medo se instalava. Ele havia descrito a cena completa do acidente, falando sobre força fora do comum, e analisado com atenção como descobrir se realmente havia esse teor de resistência subumana.

Canção da Morte || ANDREIL Onde histórias criam vida. Descubra agora