Capítulo 05| Essência do mundo [Actualizado]

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— Certo… Certo. — com o cotovelo direito sobre o braço do trono, Verhus pousou sua testa sobre os dedos, massageando-a. — Devo dizer que essa foi uma repentina mudança.

— Como guardião, devo certa obediência a minha protegida, que no caso é a Yzel. — com aquela afirmação do Veller, Yzel teve as atenções atraídas para si. — Mas existem limitações ao quanto obediente posso ser.

— Certo. — Verhus se levantou e desceu dois lances da pequena escadaria. — Por que não recomençamos? Eu tenho questões que gostaria que você respondesse.

— É claro, majestade. — Veller então fitou sua protegida. — Como me saí?

— B-bem. — Yzel respondeu sem entender muito bem a situação.

— Ótimo, isso de respeito não é para mim. — após um suspiro longo, Veller se espreguiçou, deixando todos pasmos. — Agora, sendo eu mesmo… — virando fumaça negra, Veller passou pelos soldados que barravam seu caminho, se aproximando do rei. — Gostei de você, Verhus…

— Vo… — os soldados iam reagir, foi quando Verhus levantou a mão direita, parando-os.

— Meu antecessor falou bastante de você. — após subir dois lances de escada, com um largo sorriso no rosto, Veller ergueu a cabeça, encarando o rei, que conseguia ser ainda mais alto que ele.

— Antecessor? Você está dizendo que teve outro antes de você?

— Outro? Claro que não! Outros!

— Vamos fazer assim, responderei a três questões suas e no fim, te concederei qualquer desejo.

— Prontos, agora passou de guardião para gênio sem lâmpada. — resmungou Miryam, revirando seus olhos.

— E então, como vai ser, Verhus?

— Não sei de onde você vem mas, aqui, o meu pai é o rei, mostre algum respeito e pare de chamá-lo pelo nome! — exclamou Miryam, já demostrando alguma raiva.

— Não sei se você sabe mas, o respeito conquista-se. 

— Vo… — quando Miryam ia responder, Verhus a interrompeu, erguendo sua mão.

— Podemos começar? Verhus indagou Aida encarando o Veller diante de si, que amarava seus longos cabelos num rabo de cavalo, deixando algumas madeixas caírem sobre as laterais do seu rosto quadrado. Ele queria acabar logo com aquilo. — Quem eram aqueles homens que tentaram sequestrar a Yzel?

— Dsio! — Veller sussurrou e estalou os dedos da mão direita, no mesmo instante, ele e toda a família real foram debitados por um breu repentino.

— O que é isso? — indagou Yzelin, recolhendo seu leque.

— Onde estamos? — Vergus questionou, se virando para todos os lados, tentando ter alguma visibilidade, em vão.

— O que isso significa? — Verhus perguntou com indignação, procurando pelo Veller.

— Não precisam se preocupar, isso é apenas o meu domínio. — disse Veller, surgindo perante toda a família real, dando alguma iluminação para o local. — Sentem-se!

Com outro estalo de dedos, Veller criou seis bancos, que formaran um círculo ao redor da família, antes de todos se sentarem.

— "Feiticeiros do zodíaco"... — disse Veller, após se sentar, fitando o rei. — … É assim que eles se autodenominam.

— Zodíaco? — Indagou Yzel, fazendo uma carreta. 

— É como chamam algumas constelações estrelares num certo mundo fora da Eternidade, mas isso não vem ao caso. — Veller respondeu, antes de voltar a sua atenção para o rei.

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