— Certo… Certo. — com o cotovelo direito sobre o braço do trono, Verhus pousou sua testa sobre os dedos, massageando-a. — Devo dizer que essa foi uma repentina mudança.
— Como guardião, devo certa obediência a minha protegida, que no caso é a Yzel. — com aquela afirmação do Veller, Yzel teve as atenções atraídas para si. — Mas existem limitações ao quanto obediente posso ser.
— Certo. — Verhus se levantou e desceu dois lances da pequena escadaria. — Por que não recomençamos? Eu tenho questões que gostaria que você respondesse.
— É claro, majestade. — Veller então fitou sua protegida. — Como me saí?
— B-bem. — Yzel respondeu sem entender muito bem a situação.
— Ótimo, isso de respeito não é para mim. — após um suspiro longo, Veller se espreguiçou, deixando todos pasmos. — Agora, sendo eu mesmo… — virando fumaça negra, Veller passou pelos soldados que barravam seu caminho, se aproximando do rei. — Gostei de você, Verhus…
— Vo… — os soldados iam reagir, foi quando Verhus levantou a mão direita, parando-os.
— Meu antecessor falou bastante de você. — após subir dois lances de escada, com um largo sorriso no rosto, Veller ergueu a cabeça, encarando o rei, que conseguia ser ainda mais alto que ele.
— Antecessor? Você está dizendo que teve outro antes de você?
— Outro? Claro que não! Outros!
— Vamos fazer assim, responderei a três questões suas e no fim, te concederei qualquer desejo.
— Prontos, agora passou de guardião para gênio sem lâmpada. — resmungou Miryam, revirando seus olhos.
— E então, como vai ser, Verhus?
— Não sei de onde você vem mas, aqui, o meu pai é o rei, mostre algum respeito e pare de chamá-lo pelo nome! — exclamou Miryam, já demostrando alguma raiva.
— Não sei se você sabe mas, o respeito conquista-se.
— Vo… — quando Miryam ia responder, Verhus a interrompeu, erguendo sua mão.
— Podemos começar? Verhus indagou Aida encarando o Veller diante de si, que amarava seus longos cabelos num rabo de cavalo, deixando algumas madeixas caírem sobre as laterais do seu rosto quadrado. Ele queria acabar logo com aquilo. — Quem eram aqueles homens que tentaram sequestrar a Yzel?
— Dsio! — Veller sussurrou e estalou os dedos da mão direita, no mesmo instante, ele e toda a família real foram debitados por um breu repentino.
— O que é isso? — indagou Yzelin, recolhendo seu leque.
— Onde estamos? — Vergus questionou, se virando para todos os lados, tentando ter alguma visibilidade, em vão.
— O que isso significa? — Verhus perguntou com indignação, procurando pelo Veller.
— Não precisam se preocupar, isso é apenas o meu domínio. — disse Veller, surgindo perante toda a família real, dando alguma iluminação para o local. — Sentem-se!
Com outro estalo de dedos, Veller criou seis bancos, que formaran um círculo ao redor da família, antes de todos se sentarem.
— "Feiticeiros do zodíaco"... — disse Veller, após se sentar, fitando o rei. — … É assim que eles se autodenominam.
— Zodíaco? — Indagou Yzel, fazendo uma carreta.
— É como chamam algumas constelações estrelares num certo mundo fora da Eternidade, mas isso não vem ao caso. — Veller respondeu, antes de voltar a sua atenção para o rei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Guardião - [Saga Da Eternidade]
FantasyUm ser monstruosamente forte e misterioso... É assim que Veller é definido por aqueles que já viram algumas de suas façanhas. Aquele que surgiu dizendo ser o guardião da terceira princesa do reino Liraxel, salvando-a do ataque de feiticeiros que que...