Capítulo 01

1K 60 79
                                    


— Um, dois, três, quatro... Quatro capangas!

Rhaenyra contava enquanto olhava pela mira do seu fuzil de precisão. Poucos capangas defendiam a mansão. Era o esperado de qualquer forma. Ninguém seria louco de atacar Boros Baratheon um dia antes de seu casamento, mas os Targaryens eram os mais próximos dos deuses, eles não teriam medo de simples mortais.

A família Targaryen é conhecida pelo seu enorme profissionalismo e cem por cento de garantia do serviço realizado. Eram assassinos, conhecidos por todos. Políticos, policiais, magnatas, mafiosos. Eram temidos por sua longa reputação no ramo.

Houve uma vez um ataque contra sua família. A chacina foi tão grande, que ninguém nunca mais ousou desafiar os dragões. Cabeças pendiam das paredes, cada pedaço do corpo entregue para as famílias que cogitaram em derrubar o sangue da antiga valíria. Como resultado, todos dobraram os joelhos.

— Consigo lidar sozinha — ela afirmava para a pessoa do outro lado da escuta — Vai ser fácil derrubá-lo.

Ela desliga, ajustando sua roupa e certificando se suas armas estavam nos lugares corretos. Poderia concluir o serviço a longa distância, mas esse trabalho necessitava de algumas informações exigidas pelo contratante e luta corpo a corpo era a especialidade dela.

Não estava com medo de ser pega facilmente. Seu companheiro de longas missões seria seu anjo da guarda em algum ponto cego de sua visão.

Sorrateiramente ela passa pelos portões da mansão. Um dos guardas deixou seu posto para ir ao banheiro na área de serviço.

Seu corpo apoia na abertura da parede escondida na escuridão. O guarda aparentava ter apenas dois centímetros a mais de sua altura, não notou nenhum invasor ali.

Rhaenyra era conhecida por ser silenciosa, andava igual uma pantera, segurando a respiração e deslizando delicadamente a perna não emitindo nenhum som. Ela se orgulhava de suas habilidades.

Com apenas um golpe, ela pressiona às duas mãos na cabeça do homem à sua frente e movimenta com um giro, quebrando o pescoço e segurando o corpo até deixá-lo no chão.

"Um" contava em seus pensamentos. Precisava matar outros três, não poderia falhar.

Ela caminha calmamente até a entrada da mansão vislumbrando o segundo guarda. Esse era mais alto e maior. "Tamanho nunca me deu medo" refletia com ironia. Não era uma mulher de estatura baixa, se considerava média para os padrões da sociedade. Podíamos dizer que um e setenta e quatro de altura era o tamanho ideal.

Olhava a espreita da parede que dividia os lados da porta do grande salão. Acertá-lo com uma faca à distância? Uma ideia tentadora, sua mira sempre foi impecável. Com vinte e sete anos superou todos em sua família em conseguir com maestria a mira absoluta.

Quer dizer... Quase todos, mas deixamos esse assunto para outra ocasião.

Rhaenyra desliza sua mão até a perna direita, movimentando até o tornozelo e desembainhando a faca com o símbolo do dragão de três cabeças.

Targaryens gostavam de assinar suas missões. Era importante todos saberem que um dragão passou por ali.

Ela fecha um dos olhos mirando na direção de seu adversário.

A rapidez em jogar a faca até a cabeça do guarda e matá-lo instantaneamente era admirável.

"Dois"

Com o som da queda do corpo, os outros guardas correm até o local encontrando o companheiro sem vida no chão.

"Vou matar dois coelhos numa cajadada só"

BloodlineWhere stories live. Discover now