First Day

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Hoje é o último dia do meu pai em LA, as visitas dele sempre são curtas. Está um clima meio estranho entre nós, mas eu não sei muito bem dizer o motivo. Eu tenho um palpite, mas não vou arriscar de puxar o assunto.

Me arrumo e desço para abrir o bar, hoje eu estou na escala. Assim que eu chego na rua dou de cara com Tom na porta do KARMA segurando um café.

-Bom dia, sócia! -Diz Tom assim que me vê. Ele abaixa os óculos escuros até o meio do nariz e me analisa

-Bom dia. Sócia? Já é oficial? -Pergunto depois de respirar fundo.

-Sim, acabei de assinar com o seu pai. -Diz Tom arrumando os óculos e olhando para frente.

-Ah, então foi isso o que ele foi fazer. -Digo abrindo a porta.

-Vou precisar de uma dessas. -Diz Tom apontando para a chave.

-Beleza. Fala com a Judy quando ela chegar. -digo entrando.

-Ok. Tá, o que eu faço? -Pergunta Tom jogando o copo de café vazio na lixeira e analisando o lugar vazio.

-Olha, a primeira coisa que eu faço é ligar a música, mas Tom, você é um investidor, não precisa vir pra cá.

-Você também não precisa, mas tá aqui. -Rebate tirando os óculos de vez.

-Isso é uma verdade. Você realmente quer isso? Esse lugar é como um filho pra mim. Eu só não moro aqui porque não tenho coragem de andar descalça.

-Pq? Aqui é tão limpinho. -Diz curvando os lábios para baixo e olhando para o chão.

-Tom. -Digo olhando fixo em seus olhos.

-Ok. Olha, eu realmente quero isso, eu preciso. Vou levar a sério.

-Ok. Pode ligar o Home Theater e colocar uma música/playlist que você curte.

-Okay -Diz Tom indo na direção do aparelho, ele escolhe Sweet Home Alabama. Assim que a música começa ele fica balançando a cabeça no ritmo da música.

-Tá kk. Nós funcionamos em escalas. Hoje eu estava escalada para abrir o bar, a primeira galera a chegar é a da cozinha. Depois a galera do bar, mas alguém sempre é escalado para abrir. Os últimos a chegarem são os garçons.

-Beleza, tipo, eu vou entrar na escala?

-Se você quiser fazer parte disso.

-Beleza. -Diz balançando a cabeça em sinal de concordância.

-Mas Tom, você é chefe assim como eu, nós somos iguais aqui, mas a palavra final é minha, ok?

-Cara, você tá muito pilhada com isso. Você é filha única? Não sabe dividir o brinquedo? -Pergunta cruzando os braços.

-Eu só não quero que tenha alguma confusão depois e você diga que eu não avisei. -Digo apontando o indicador para ele, mas logo o recolho cruzando os braços.

-Siobhan, relaxa um pouco. Sério. Olha, eu gosto muito do bar e gosto muito dos eventos. Eu posso ficar supervisionando e cuidar das agendas. O que você acha?

-Okay. Pode ser.

-Okay. -Diz Tom.

O dia vai passando e eu vou explicando para Tom como funciona o dia do bar, mostro cada canto e apresento cada funcionário.

Tom não se mostrou desanimado nem por um segundo. Isso me surpreendeu, eu esperava pelo menos um bocejo enquanto explicava sobre os fornecedores.

Nós ficamos tão distraídos com tudo que esquecemos de almoçar, quem nos lembra é Judy.

KARMA | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora