O jantar

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Quinta-feira, 12:00.

Eu mal preguei o olho noite passada, não conseguia parar de pensar na situação toda. Fazem poucos meses que Tom entrou na minha vida e já virou ela de cabeça para baixo.

Tentei ligar para Nick mil vezes, o que ele falou ficou na minha cabeça também...

A cada vez que Nick não atendia a ligação caía na caixa postal. Eu decidi lotar a caixa dele de mensagens, ele vai ter que me notar de alguma forma.

Eu sabia que ele estava em casa e que a secretária eletrônica colocaria as minhas mensagens em alto e bom som.

Depois de muitos pedidos de desculpa comecei a ficar entediada, resolvi cantar... na terceira música...

-Siobhan, eu juro por Deus que se você deixar mais um recado eu arremesso ovos na sua janela. -Diz Nick finalmente atendendo o telefone.

-Nick! Nick! Nick! Nick! Nick! Por favor, não desliga!

-Fala, Siobhan.

-Eu preciso de um amigo, eu preciso de você. Por favor, você pode ignorar que eu fui uma completa idiota e me ajudar?

-Chego aí em 15 minutos.

-Aí! Obrigada! Obrigada!

40 minutos depois... acho que ele desistiu.

Eu preciso me distrair se não vou surtar.

Coloco uma máscara de hidratação no rosto e começo a pintar a unha do pé.

Nick abre a porta e me encara.

-Você quer me traumatizar de quantos jeitos diferentes? -Pergunta Nick

-Achei que você não vinha.

-Eu tive que passar no estúdio para entregar uns arquivos, mas eu não deveria vir mesmo não.

-Me desculpa. Paz? -Pergunto apontando para uma caixa de brigadeiros

-Mentira! Da confeitaria brasileira? -Pergunta Nick

-Depende, vai me desculpar?

-Eu tô aqui, né?

-Então sim, são de lá. Pode pegar.

-Do que você quer falar?

-Sobre ontem.

-Shiv, sério? Eu literalmente acabei de te desculpar.

-É sério, sobre o que você falou, antes da gente se xingar.

-O que?

-De querer te usar pra mascarar meus sentimentos por alguém.

-Ham, o que tem?

-É isso... você acha que eu tô fazendo isso?

Nick se senta no sofá.

-Eu acho que você sabe a resposta. -come o brigadeiro. -Isso daqui é um pecado.

...

16:00 começa meu turno no bar, desço as 16:04. Assim que chego na rua vejo Tom entrando no carro dele e indo embora. Um milhão de pensamentos começam a vir na minha cabeça, mas são interrompidos pelo toque do meu celular. É a Giselle.

-Oi, tudo bem? -Atendo.

-Oi! Vamos jantar juntas hoje? Eu, você, Tom e Georg. Nada de encontro de casais, só sair mesmo. Vamos encontrar o Bill e as meninas em um show depois.

Penso por alguns segundos, mas, cara... eles são meu ciclo social, vou e contra-los cedo ou tarde.

-Ah, pode ser. Topo.

KARMA | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora