Dia de São Valentim

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-Vamos logo, Shiv! Eu quero chegar no parque antes de anoitecer! -Diz Tom empolgado como uma criança.

É nosso primeiro dia dos namorados """juntos""" (entre muitas aspas, o que ficou muito claro depois de muita conversa). Pensamos em muitos lugares e o mais neutro e divertido para irmos parecia ser o parque de diversões que tem no cais da cidade. Mas antes de irmos temos que entrevistar uma garota nova pro bar, ela vai ficar no lugar de Judy nas -mais que merecidas- férias dela. Judy não queria tirar as férias de jeito nenhum, só aceitou porque a família dela veio para a cidade, então -depois de muita briga- ela pegou uma semana.

-Calma, Tom! O parque ainda vai estar lá quando sairmos! -Digo pegando a Vika, a bolsa e as chaves de casa.

-Eu quero pegar o pôr do sol na roda gigante, cara. Larga de ser chata. -Diz abrindo a porta do apartamento pra mim.

-Tá me chamando de chata no nosso segundo encontro? Você é ruim mesmo nisso. -Digo o fitando de olhos cerrados enquanto passo pela porta.

-A gente já conversou sobre isso, aquela primeira aberração não conta como encontro, esse vai ser o primeiro. -Diz de costas para mim trancando a porta do apartamento.

-Ok! Ok. Mas não esquece que temos que entrevistar aquela garota para substituir a Judy. -Eu o lembro e pelo queixo caído e a expressão de decepção ele tinha esquecido disso.

-Sério isso? Não pode ser outro dia? Pq não pegamos um dos extras? -Pergunta franzindo a testa.

-Tom, os extras já estão sendo usados, o bar tá ficando lotado direto! Tem que ter alguém tempo integral e que aceita as horas extras tipo a Judy. Poucas pessoas topam isso apesar da grana ser boa. -Explico chamando o elevador que chega no mesmo segundo.

-Ok. -Responde coçando o queixo enquanto entramos no elevador.

Olho para ele e a expressão de cachorro que caiu da mudança está estampada em seu rosto, mas ele sequer me olha porque sabe que não vai adiantar nada. Nunca achei que veria Tom Kaulitz com olhos de cachorro perdido por algo assim.

-Damos 3 minutos, se ela se atrasar vamos embora sem olhar pra trás. -Digo o fitando e ganho sua atenção. -E se ela já estiver lá a entrevistamos rápido. Deixamos amanhã como experiência pra ver se ela não é louca. Pode ser? Assim vai ser mais rápido.

Disse isso porque outro dia expliquei para o Tom o processo meticuloso de contratar alguém para o KARMA. A entrevista era demorada e etc.

-Beleza, O'Connell. -Diz contendo um sorriso de canto.

As portas do elevador se abrem dando visão para entrada do prédio, pela forma que o sol ilumina o lugar falta uns 40 minutos para a "hora de ouro", temos que correr.

Já na rua, enquanto damos a breve caminhada até o bar, Tom me puxa e rouba um beijo.

-Tá doido? -Pergunto surpresa.

-Pra você lembrar que tem que ser rápido! -Diz levantando o queixo e em seguida me dando as costas para entrar no bar.

-Ridículo -Digo e em seguida espremo os lábios contento um sorriso bobo. Me sinto uma adolescente.

-Eu sei que você está rindo! -grita de dentro do bar.

-Cala a boca. -Digo entrando e fechando a porta em seguida.

-Ok, ela tem 3 minutos pra chegar. Nada mais que isso. -Diz Tom assim que percebe que a menina ainda não havia chegado.

-Palavra é dívida.

Tom fica encarando o relógio no pulso dele.

-Dois minutos! -Diz apontando para o relógio com um indicador de um jeito frenético.

KARMA | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora