Tudo pelo poder ↬Jeon Jungkook ↬BTS

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Mas quando cheguei lá oque eu encontrei não era nada daquilo que eu estava esperando.

Minha perna tremeu e meu coração apertou dentro do peito, a cena que meus olhos presenciaram me quebrou em dezenas de pedacinhos.

Ainda sem adentrar completamente terraço aberto da torre, já era possível se escutar o som ardido de um choro incessante, nem mesmo o vento forte que chegava a assobiar era capaz de estancar os choramingos.

Era triste.

Nem por um segundo passou pela minha cabeça de que o indivíduo presente ali era Mia, porque não tinha como ser, a pessoa que estava ali era um homem, os murmúrios em meio aos prantos eram masculinos e a voz era familiar.

A passos lentos na tentativa de não fazer nenhum barulho que acabasse assustando seja lá quem estiver ali, caminhei até poder ter a visão que de fato me quebraria ao meio.

O homem completamente devastado era bem conhecido por mim, mesmo que não conseguisse ver o seu rosto eu o reconheci.

Jungkook

Sentado no chão frio, a cabeça abaixada sobre os joelhos dobrados, os pés descalços sentindo o frio gélido do piso mal colocado, as mãos aparentemente trêmulas se apoiavam sobre os cabelos, as vezes os dedos se mexiam e pareciam até mesmo ter vontade puxar os próprios fios.

Jeon chorava isolado em seu próprio mundo, mal notou que havia mais alguém ali o observando e vendo o estado em se encontrava. Talvez eu devesse sair e deixá-lo ali, pois certamente o mesmo gostaria de ficar sozinho e ter a minha presença seria uma das últimas coisas que iria querer.

Bem... eu poderia dar as costas e sair no mesmo silêncio em que cheguei, mas não podia, e não queria fazer isso, não conseguiria ir embora sabendo que o garoto estava chorando e sofrendo. Meu coração apertado não permitiria que eu o deixasse, não quando o desejo insistente de acalmar jungkook e vê-lo ficar bem novamente se fazia presente em mim.

Eu queria lhe ajudar, mas não sabia a forma exata de abordá-lo, não sabia oque dizer, nem a forma como demonstraria que estava ali junto consigo sem que o moreno se assustase.

Então continuei com os meus passos leves, se aproximando cautelosamente, até estar próximo o suficiente para ouvir cada suspiro, cada lamuria, cada choramingo triste que ecoava de seu corpo. Mesmo que sem jeito deixei que meu instinto me controlasse , estendi minha mão até que meus dedos tocassem levemente a mão trêmula, jeon mau notou o toque singelo, só percebeu quando envolvi sua mão totalmente com a minha, sua pele estava gelada.

Ele se assustou, sua mão recuou um pouco para que pudesse erguer seu rosto e ter a visão da pessoa ao seu lado.

Prendi a respiração quando finalmente pude vê-lo. Seu rosto estava vermelho, os olhinhos que tanto acho bonito estavam tristes e inchados pela quantidade de choro, as bochechas cobertas por lágrimas

Não queria soar invasiva.

Os olhos transbordavam não só de lágrimas, mas de sentimentos, e estes eram sentimentos tristes, de dor, de sofrimento. Era nítido que algo de muito grave estava ocorrendo.

Por um segundo me afoguei juntamente a ele, como se meu corpo também estivesse na água raivosa em que jeon estava imergido.

Então fiz a única coisa que estava ao meu alcance, me ajoelhei ao seu lado e o abracei desajeitadamente, uma de minhas mãos acariciaram seus cabelos enquanto a outra estava parada em suas costas, jeon de iniciou ficou estático, não se mexeu para retribuir o gesto de afeto que eu estava lhe demonstrando, mas também nao recuou, não pediu que me afastasse ou tentou sair dali, apenas aceitou que eu aproximasse ainda mais dele, até que sua cabeça pendeu para o lado se encostando em meu peito.