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Mônaco - Dezembro de 2019

As luzes de Natal acesas em todas as casas em conjunto com os diversos carros parados na rua de Mônaco e o barulho das pessoas na rua, denunciavam que finalmente aquela data muito esperada tinha chegado. Era noite de Natal!

Estava no quarto de Charles terminando de prender meu cabelo com alguns grampos. Me sentia imensamente feliz por está viver um natal em família, depois da morte de Jules meus natais se resumiam a ficar sozinha e comer uma ceia de padaria.

Me olhei no espelho e vi se estava tudo ok com o vestido vermelho frente única e com uma faixa de cristais na cintura, calcei o salto de tom nude e sai do quarto descendo as escadas e vendo o quão lindo tinha ficado tudo aquilo.

As luzes decorativas estavam por todos os lados da casa, assim como enfeites de Papai Noel que cantavam musiquinhas natalinas e os inúmeros presentes debaixo da árvore. A família Leclerc estava toda reunida na sala e o cheiro da comida
da comida da dona Pascale deixa a casa bem agradável. Charles apareceu na minha frente vestindo uma calça jeans e um suéter de natal que logo notei que parecia ser tradição dos Leclerc pois o restante da família também vestia.

-Você está linda - Charles falou estendendo a mão para mim e sorrindo.

-Eu adorei seu suéter de natal - sorri segurando sua mão.

-Certamente a dona Pascale terá um para você - ele falou rindo e me puxou para um abraço.

Caminhei ao lado de Charles até a sala e sentei ao lado de Lorenzo que a olhava impaciente para Arthur, os irmão Leclerc estavam sempre se implicando e logo depois se abraçando e isso me lembrava muito o Lucas.

-Espero que goste querida - Pascale me entregou um embrulho vermelho com vários desenhos de papai noel é um laço dourado.

-Não precisava dona Pascale - sorri segurando o embrulho e coloquei no colo para abrir.

-Por Deus me chame de Pascale - ela riu e e ri também dos trejeitos dela.

Abri o embrulho e tirei um suéter estendendo na minha frente vendo ser igual ao que a família Leclerc usava, sorri abertamente e olhei para eles. A família Leclerc me acolheu nesse pouco tempo e já se transformou em uma parte da minha vida, assim como Charles que entrou como um furacão na minha vida.

-Obrigada - falei sorrindo para ela que me abraçou.

Pascale tinha o dom de ser mãe é tudo nela exalava o cuidado e carinho de ser mãe é isso me causava uma paz enorme, quando não se conhece o amor e carinho de mãe, quando se encontra alguém que exale isso é quase como entrar no céu.

Ela se afastou de mim e eu vesti o suéter por cima do vestido logo depois sorrindo para Charles que me olhava com um sorriso no rosto.

-Adoro te ver feliz - ele sussurrou no meu ouvido e eu sorri mais ainda para ele.

-Está em família e ao seu lado me deixa feliz - pousei a mão no rosto dele fazendo carinho e em seguida dei um selinho.

-Vamos tirar uma foto - Pascale gritou e Arthur gargalhou levantando para colocar a câmera no tripé.

Sentamos todos no sofá com Pascale no centro, Charles sentou ao lado direito da mãe e eu sentei ao seu lado, já Lorenzo estava do lado esquerdo e após Arthur precisando o temporizador da câmera correu e sentou ao lado de Lorenzo.

A foto foi tirada e quando Lorenzo viu no relógio já marcava 00:00 horas fazendo ele pular em cima dos irmãos que riam, Pascale me abraçou.  

- Feliz Natal! - Era o que se ouvia por todos os lados dentro daquela casa.

-Vamos comer - Arthur gritou e levou um tapa no braço de Pascale fazendo Charles gargalhar.

-Que menino esfomeado - Pascale saiu andando em direção a cozinha e eu gargalhei.

Vi pela porta de vidro que dava para o jardim os fogos no céu e sai para poder ver quando senti meu celular vibrar na minha mão. Abri o aplicativo de mensagem com o sorriso no rosto pois devia ser a Kika ou Daniel falado comigo e logo o sorriso sumiu quando li a mensagem de um número desconhecido.

"Feliz natal filhinha, papai logo vai te buscar para passarmos essas datas juntos "

Baixei rapidamente o celular e olhei para os lados procurando algum capanga do Donatella e não vi nenhuma figura suspeita. Olhei novamente para o celular relendo a mensagem e me sentei no banco de madeira que tinha próximo a mim.

-Está tudo bem amor ? - Charles falou sentando ao meu lado e eu o olhei.

-Está - segurei o choro e sorri forçado para ele.

Não era justo colocar Charles no meio dessa confusão, eu tinha que resolver isso é não colocar as pessoas que eu amo no meio disso.

[...]

Mônaco - Março de 2020

As Férias da fórmula 1 estavam acabando e a temporada de 2020 estava quase para iniciar, durante esses meses Daniel, Charles e Pierre convenceram a mim e Kika a se mudar definitivamente para Monaco e isso nos levou a está desde as sete horas da manhã visitando apartamentos.

-Será que não vamos gostar de nada ? - Kika sentou na calçada e eu sentei ao seu lado.

-Gostar não é a preocupação - olhei para ela - E sim o preço do aluguel.

Kika deu uma gargalhada e eu apoiei minha cabeça no ombro dela, havia saído do emprego na lanchonete desde que comecei a viajar com os meninos para as corridas e não tinha arrumado outro emprego e com isso as minhas reservas de dinheiro estavam acabando.

-Preciso arrumar um emprego - olhei para os carros passando na rua.

-Quem precisa de um emprego ? - ouvi a voz de Daniel e Kika deu um pulo do susto que teve.

-Quer me matar do coração Ricciardo ? - Kika falou com a mão no peito e eu ri.

-Desculpa - ele abriu um sorriso para ela e estendeu a mãos para me levantar.

-Você precisa de um emprego ? - ele voltou a perguntar e eu concordei com a cabeça.

-Não posso passar o resto da vida viajando com vocês - fiz um bico - Preciso de dinheiro.

Ele fez um bico e olhou para o nada como se estivesse pensando em algo e logo depois deu um pulo como se tivesse achado um pote de ouro.

-Eu vim buscar vocês - Ele sorriu para nós duas e eu o olhei com a testa franzida - Tem uma surpresa esperando você.

-Para mim ? - apontei para mim própria e ele concordou com a cabeça. - O que é ?

-É uma surpresa - ele revirou os olhos e eu fiz bico - Vamos logo.

Daniel segurou a minha mão e a de Kika e saiu nos puxando para onde o carro dele estava parado, entramos no carro e ele seguiu o caminho até a sua casa quando passamos pela Marina e eu vi um homem parecido com Matheo e eu virei o rosto tentando ver melhor e não conseguindo pela velocidade que o carro estava.

DRIVEOnde histórias criam vida. Descubra agora