Minha escolhida/ Tom Kaulitz.

Pressentimento.

Las Vegas, Nevada.
Sexta-Feira, 5 dias depois.

Encerramos o último show com chave de ouro, com uma energia surreal, um dos show's mais emocionantes que tivemos durante essa turnê, o que me confirmou que não posso sair dos palcos.

Vamos comemorar como sempre em alguma das boates de Vegas.
Antes de voltar para Los Angeles, conversei com a Nick, querendo saber notícias da S/N, e de certa forma me senti culpado por saber que ela não estava com ninguém, e que aquele cara era apenas um de seus fãs. Nick me explicou tudo e mandou a real para mim, "Vocês se amam, e quem ama dar um jeito!" E essa frase não sai da minha cabeça desde que conversamos.

Durante a noite eu me revirava na cama, sem conseguir dormir, ansioso,  e com vontade de vê-la, pego meu celular que sobreviveu a queda, ficando com algumas partes trincadas, e vejo suas fotos. 

4 horas da manhã e eu tomo uma decisão um pouco louca, mas seguindo o conselho de Nick,"Quem ama dar um jeito", separados apenas por 435 km, apenas 3 horas de distância de seu corpo, coloco uma roupa, pego minhas chaves e carteira, passo pelo quarto de Bill, para avisar a ele que eu já estava voltando para casa. Bato na porta e ele atende com seus olhos semiabertos, o que indicava que ele estava dormindo.

— Já estou indo para casa, leva minhas malas.  Ficaram lá no quarto, toma aqui a chave!

— Tom você é maluco? São 4 da manhã! E outra como você...

— Sim! Vou com a moto que eu comprei!

— Não posso deixar você viajar às 4 fucking da madrugada e ainda de moto! Tom é perigoso demais!

— Amo você!
Abraço Bill, me despedindo.

— Pelo amor de Deus, toma cuidado! Se acontecer alguma coisa eu te mato!

Sorrimos.

— Tom!
Bill me chama, paro em meio ao corredor.

— Se acontecer algo com você, eu jamais a perdoaria sabe disso né?

— Não vai acontecer nada! Quando eu chegar lá mando mensagem.

Bill me olha entrar no elevador.
Eu sabia dos riscos, mas para ter ela, eu seria capaz de qualquer coisa!

Los Angeles, Califórnia.

Eu estava em um sono profundo, quando acordei assustada no meio da noite, e com o coração acelerado. Olho a hora e são 5:00 da manhã. Me viro e tento dormir novamente, fico de um lado para o outro, mas não consigo dormir. Sinto um aperto em meu peito, e uma tristeza toma conta do meu corpo, junto a um calafrio.

Me levanto e vou até a cozinha para tomar um copo d'água.
Com o copo em minha mão, encosto no balcão da pia, quando recebo uma ligação.
Atendo, e ao escutar a notícia, deixo o copo cair no chão, fazendo com que os estilhaços se espalhem pelo cômodo, sinto minhas pernas ficarem fracas, vou me apoiando sobre os armários até chegar no sofá da sala, onde eu sento e desmorono ali mesmo, choro desesperadamente.

Não, não pode ser real!
Eu não quero acreditar!

Mando mensagem para Nick. Que não demora muito para chegar na minha casa e me encontrar aos prantos, ela me abraça tentando confortar a minha dor.
Subo e coloco a primeira roupa que vejo, passo apenas os dedos em meus cabelos, pego a chave do meu carro e vou para o hospital o mais rápido possível.

No meio do caminho Nick pede para que eu pare o carro, para ela dirigir. Já que eu estava sem condições para prestar atenção no trânsito, e poderia acontecer o pior comigo também, por mais que nesse momento eu não me importaria, mas me importo com a vida da minha melhor amiga, então faço o que ela pede.