Capítulo 41 - Aniversário Do Bruno Part.2

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Silvia Narrando

Assim que cheguei na festa do Bruno, vi alguém que não queria ver tão cedo. Era o Jorge abraçado com aquela loira. Eu juro que não estava preparada para vê-lo, eu não estava. Meu peito doía e eu tentava segurar as lágrimas, era horrível ver ele ali, com outra pessoa. Eu sempre achei que ele me esperaria, sempre achei que ficaríamos juntos, mas parece que tudo mudou e agora eu estou sem chão.

Tentei me virar e sair dali. Eu não aguentava ficar ali, não com ele tão perto, não com ele esbanjando felicidade, com outra pessoa.

- Onde você vai? - Gabi que estava do meu lado me segurou, me impedindo de sair daquele lugar.

- Vou ir embora, não posso ficar aqui! - tentei me soltar da Gabi.

- Não, você não vai! Você precisa superar. Você veio comigo na festa e vai se divertir e não vai ser um canalha e uma loira plastificada, siliconada e semi nua que vai acabar com a sua noite. Você precisa disso, precisa superar! Eu sei que dói, sei que você o ama, mas ele não te merece,não merece seu sofrimento, não merece que você fique em casa chorando por ele, então você vai ficar aqui e se divertir muito e mostrar pra ele, a mulher gata, gostosa e divertida que ele perdeu. - Gabi falou olhando nos meus olhos.

- Tudo bem. - respirei fundo, engolindo o choro que estava preso na garganta.

- Vou ficar, mas se eu me sentir muito desconfortável, eu vou ir embora.

- Isso!!! - comemorou. - Eu não sabia que ele iria vir amiga, eu juro, sinto muito. - lamentou.

-Silvia, ele chegou aqui de última hora, nem eu esperava ele aqui, até porque ele falou que iria pra fazenda hoje. - Bruno que estava do lado da Gabi falou e eu assenti. Logo em seguida cortei o assunto e abracei Bruno, desejando um feliz aniversário. A casa estava cheia e a festa estava muito animada. Eu aproveitei pra beber um pouquinho e descontrair.

- Vamos dançar? - Gabi perguntou

- Vamos. - respondi animada.

Nós duas fomos pro local onde tinha várias pessoas dançando e entre eles estava Jorge e Vanessa que dançava se esfregando nele, fazendo vários movimentos sexuais, mas nem liguei, ou pelo menos tentei fingir que não ligava, mas aquilo me rasgava o peito.

Em momento algum Jorge tirou os olhos de mim. Ele estava me comendo com os olhos, mesmo com a Vanessa tentando chamar sua atenção, mas eu nem ligava, só dançava e aproveitava.

- Amiga, quero te apresentar o primo do Bruno, Matheus. - Gabi disse me apresentando a um homem maravilhoso. Ele era alto, cabelos castanhos, olhos azuis, um corpo super atlético e um sorriso incrível.

- Oi Matheus, prazer, sou a Silvia. - me apresentei educadamente.

- Oi Silvia, o prazer é todo meu. - respondeu pegando minha mão direita e à levando até sua boca e depositando um beijo na mesma. Com o canto dos olhos eu conseguia ver Jorge bufando, me olhando com uma cara super feia e é normal porque ele achava que era meu dono, então era só o sentimento de posse surgindo e nada demais.

- E ai, você quer dançar? - Matheus perguntou assim que começou a tocar uma música sertaneja mais calma.

- Claro. - aceitei né, porque não?!O Matheus dançava comigo de um jeito muito bom, muito gostoso, bem agarradinho e ele sabia muito bem os passos, então me guiava bem.

- Oi Silvia, boa noite. - gelei ao escutar a voz do Jorge perto de mim.

- Oi Jorge. - fui seca, parei de dançar com o Matheus e o encarei.

- Será que a gente pode conversar? Não vou demorar, eu prometo. - perguntou.

- Ok. - respondi e pedi licença ao Matheus.

Jorge saiu andando pela área que era enorme e eu fui atrás o seguindo, confesso que meu coração palpitava só de estar perto dele. Depois de andar um pouquinho, paramos em um lugar calmo que não tinha tantas pessoas circulando.

- Então, o que quer? - perguntei. Eu sempre tinha esperança dele querer se desculpar, dele querer me beijar, de sentir o seu toque.

- O que você está fazendo aqui? - foi grosso e ele parecia meio bêbado.

- Eu fui convidada, então vim parabenizar o aniversariante, que me convidou. - dei ênfase no "me convidou".

- Olha só Silvia, se você está aqui para fazer showzinho e ficar agarrada com esses caras achando que está me fazendo ciúmes, está muito enganada. - que? Não acreditava no que ele tinha acabado de falar, que babaca!

- QUE? Você me chamou aqui pra isso? - bufei, indignada. - Jorge eu não tenho 11 anos de idade pra ficar fazendo joguinhos não, me poupe, você não é o centro do universo, seu ridículo.

- Olha aqui garota, é o aniversário do meu melhor amigo, você já deveria saber que eu estaria por aqui, então não sei nem porque veio, não devia ter vindo, ainda mais pra ficar pagando de puta, dançando musica agarrada com outros caras. - falou com dificuldade, pois estava muito bêbado e eu poderia até relevar o que ele disse já que ele não estava sóbrio, mas tudo que eu fiz foi dar um tapa na cara dele.

- Seu idiota! A única puta que tem aqui, é a loira que está te acompanhando. Nunca mais me chame de puta de novo. Aliás, nunca mais me dirija a palavra, eu quero distância de você. Quero distância dessa loira, distância de vocês dois, afinal foi por isso que eu sai da sua casa né, pra não ver vocês dois nunca mais, mas ainda tive o azar de encontrar vocês por aqui. E que azar!- ia me retirando quando ele segurou meu braço.

- Como assim? Foi por isso que você saiu da minha casa? O que tem a ver? - perguntou intrigado.

- Você acha que não vi ela no seu escritório, dizendo estar morrendo de saudades e te beijando? Acha que eu não sei que ela é seu casinho antigo? Mas quer saber? Vocês se merecem. Tchau! - tentei sair novamente mas ele me puxou rapidamente e me beijou. Eu não retribui o beijo de maneira alguma. Fiquei me debatendo e tentando me desvencilhar do seu corpo e quando ele finalmente me soltou, eu dei outro tapa nele, mais do que merecido!

- Seu louco. Nunca mais encoste suas mãos em mim. - comecei a chorar, pois não me aguentei, escutar ele me chamando de puta, mesmo que bebado, era muito doloroso.

- Silvia, vamos conversar. - pediu, falando enrolado, além de louco, era bipolar.

- Amor, você está aí. - A tal Vanessa chegou no local em que estávamos, com uma cara nada boa e eu aproveitei a deixa pra me retirar de lá rapidamente.A festa tinha acabado pra mim, eu apenas sai de lá sem falar nada com ninguém, pedi um táxi e fui embora pra casa. Escutar algo desse tipo, vindo da boca da pessoa que você ama, rasga o peito. O Jorge era um babaca e eu não tinha mais motivos pra amá-lo, mas eu o amava e eu me odiava por isso, eu me odiava por amá-lo depois de tantas situações difíceis e tantas situações que me fizeram sair machucada...

Continua...

Me Enamoré De Mi Padrastro Onde histórias criam vida. Descubra agora