v is for vendetta

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Acordei com luz do sol brilhando no meu rosto, e uma leve brisa que fez com que eu quisesse me cobrir e dormir mais um pouco.

Mas não durou muito, porque imediatamente senti como se estivesse levando pauladas na cabeça.

Ah, claro. A parte que eu mais gosto de beber!

Abri os olhos, notando que não estava no meu quarto. No criado mudo ao meu lado havia um comprimido e um copo d'água. Tomei sem pensar duas vezes. Se estivessem tentando me envenenar, teria sido bem sucedido.

Olhei ao redor do quarto de Billie, reparando melhor nos pequenos detalhes que não tive tempo antes.

Notei que estava sozinha, e seu guarda roupa parecia que havia sido revirado a pouco tempo. A penteadeira bagunçada também provava meu ponto, ela tinha saído a pouco tempo.

Franzi a sobrancelha, tentando entender o porquê de ter me deixado logo após a noite que tivemos. Eu sempre tenho mais expectativas do que deveria sobre ela.

Fechei os olhos, lembrando de tudo que aconteceu ontem. Não tive nenhum tipo de memória afetada pela bebida, e eu sabia muito bem tudo que estava acontecendo durante cada minuto, cada segundo e cada movimento.

Eu só precisei de uma coragem.

Mas agora o arrependimento batia forte no meu peito. Eu não deveria ter feito isso, não deveria gastar mais tempo com ela só para que meu coração quebre mais.

Levantei, achando meu celular no chão ao lado da cama.

Tinha várias mensagem dos meus amigos, alguns grupos. Ignorei por um minuto, me arrumando e sentindo a necessidade de ajeitar o quarto.

Organizei a penteadeira, dobrei as roupas que caíram para fora do armário e arrumei os lençóis e edredom da cama.

Logo em seguida balancei a cabeça, brigando comigo mesma por ter feito isso por ela.

Chega, melhor eu ir embora daqui logo.

Antes de sair, resolvi mandar uma mensagem no grupo pedindo se alguém poderia me dar carona.

Logo quando enviei, Mike me ligou.

— Cam! — exclama, um pouco alto demais para minha resseca — Onde você está? Já são duas da tarde! Não tem-

— Mike, calma aí — respondo, incomodada com o barulho que vinha da ligação — Não tem um lugar mais silencioso, não?

— Cam, onde você está? — repete a pergunta, claramente não ouvindo direito.

— Na fraternidade da Billie — falo alto, sem querer chamar atenção das doídas que também viviam aqui.

— Hm, ok! Tudo faz sentido agora — afirma — Tô indo te buscar!

Desligou.

Faz sentido? Como assim?

Balancei a cabeça afim de esquecer um pouco, eu só queria um pouco de paz depois de toda essa loucura.

Desci até saída, ignorando os olhares e focando em esperar na varanda.
Nesta vez em específico, as meninas me olhavam e sussurravam entre uma e outra. Sentia como se tivesse tido uma nude espalhada e que todos estivessem julgando o tamanho dos meus peitos. E daí que são pequenos?

Que diferença faz já são só umas meninas malvadas dessa faculdade. Elas devem fazer isso com todo os convidados que vem aqui.

Ouvi uma buzina estridente, piorando minha dor de cabeça, e vi Mike dentro do...tesla da Billie?

college times // billie eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora