anxiety

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Sem problemas.

Eu com certeza não quero ele.

— Relaxa, eu não tenho o mínimo interesse...— Eu não queria jogar minha sexualidade na cara dela durante nossa primeira conversa.

Já basta que eu ainda estou vermelha que nem uma pimenta, não estava afim de explanar que gosto de mulher e principalmente, que gosto dela.

— Ah, desculpa! Eu estava achando que você queria alguma coisa...

— Não, na verdade meu amigo gostou muito dele — Abri meu celular, e fui na galeria achar uma foto minha e do Michael — Esse aqui, você acha que rola?

Ela chegou bem perto de mim, e seu cheiro era incrível. Parece um perfume bem caro da Channel que eu nunca conseguiria comprar, e combinava exatamente com sua personalidade.

Ainda era surreal que finalmente nos estávamos conversando, como duas pessoas normais que se conhecem a um tempo.

Se continuarmos assim, eu vou acabar me apaixonando.

Meu Deus. Quem eu quero enganar...

— Acho que eu conheço ele! — Exclamou — Discutimos na aula de anatomia uma vez. O Luke investiria...até eu investiria para ser sincera!

Eu ri com muito desgosto. Eu queria ela só para mim.

Cameron, para de pensar nessa garota como qualquer outra coisa além de amiga! Você vai se foder depois!

— Eu lembro dessa discussão — Falei, rindo — Foi bem traumatizante para o meu grupinho!

— Que pena, mas sabia que a Dani estava certa e eu sempre defendo os meus amigos – Billie disse, um pouco mais séria. Porém, logo voltou a sorrir — Mas posso tentar arranjar seu amigo se vocês forem para festa amanhã!

Álcool e a menina que eu quero desde que cheguei aqui misturados? Não seria uma boa ideia.

Nunca fui chegada em festas, claro que já frequentei algumas mas acabei nunca ficando por muito tempo. Gosto de beber, gosto de dançar, mas as pessoas normalmente me irritam e não importa a quantidade de vodca que eu bebo, elas não melhoram de personalidade. Milagres não acontecem.

Meu medos são: meus amigos vendo como que fico perto da Billie, e eu agindo pior ainda quando estiver alcoolizada.

— Me passa o endereço, acho que consigo — Abri meu celular e a entreguei — Coloca nas notas!

Vi que ela pegou e abriu em telefone, digitando seu número. Internamente eu estava surtando, mas por fora fingindo como se não fosse nada demais. Caramba. Eu finalmente tenho o telefone dela.

— Pode levar todos os seus amigos! — Ela falou, abrindo um sorriso maravilhoso — Depois marcamos de fazer o relatório também!

Relatório? Ah!

Estamos na aula de micro ainda.

— A festa é em qual fraternidade? Talvez seja difícil convencer meus amigos de irem comigo dependendo da casa...

— Ah, não — Ela riu, seus olhos brilhando como nunca, parece falar de algo que realmente gosta — Na verdade a festa é na casa de um amigo meu, bem pertinho do dormitório geral!

Deixa para lá, eu estou apaixonada por ela.

— Entendi — Falei surpresa — Mas você me deixou com medo de que não tenha ninguém que nós conhecemos na festa...

college times // billie eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora