Barzinho!

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— Tá com medo, gracinha? — Hanma diz rindo quando chegamos na frente do bar mais bizarro que eu já vi na minha vida.

O Kisaki disse que tinha que passar em um bar, eu só não imaginava que fosse um buraco saindo luzes azuis lotado de caras adultos e mau encarados.

— Claro que não — é mentira, eu tô me cagando de medo

— É bom ter... Esses caras já bateram na gente uma vez — sou abraçada pelos ombros e arregalo os olhos por duas razões.

Por que o Hanma gosta tanto de contato físico!? É só pra me infartar?
Meu rosto encostado no peito dele e o Kisaki parecia achar isso super normal!

— A gente apanhou aqui uma vez por causa da sua burrice — o Kisaki diz meio magoado, mesmo que o tom dele seja meio difícil perceber isso.

— Nossa, não me surpreende — Sorrio sarcástica.

Ele não me larga, ao contrário disso, me abraça mais ainda. Eu tenho a ligeira sensação de que ele tá tentando fazer aquelas coisas de falar sem sair som com o Kisaki.

— Tá... O que a gente tem que fazer aqui agora? —  falo após dar uma cotovelada na barriga de Shuji e ele me largar.
Eu me odeio, mas eu gostei tanto dele me abraçando que acabei sentindo falta no primeiro momento.

— A gente vai se vingar — Kisaki puxa uma garrafa de gasolina de Deus sabe onde.

— Vocês vão colocar fogo no bar? — falo baixo, eu não esperava por isso!

— A gente vai colocar fogo no bar — o ocludo me corrige e joga um galão pra mim.

— Eu vou roubar lá de dentro enquanto tá pegando fogo — ele sorri com ZERO preocupações... Não é como se ele fosse entrar em um lugar pegando fogo né? Jamais!

— Não morre — sibilo pra ele antes de ir pro lado oposto do bar que o Kisaki estava indo.

— Você gosta de gin, tchutchuca? — eu tive que morder meus lábios pra não girar e xingar ele, esse apelido é ridículo.

— Nunca provei — um sorrisinho escapa entre os meus lábios, é horrível sentir que eu não consigo ficar seria encarando o rosto dele!

Nós três nos separamos, esse bar era no meio de um terreno bem maior que só tinha lixo e mato, sendo todo feito de madeira, o que deixava bem fácil pôr fogo.

Não demorou muito pra esse negócio estar sendo consumido por fogo, me encontrei com Kisaki perto das motos.

— Cadê o Hanma? — é a primeira coisa que perguntamos um ao outro.

Não precisamos de muito mais pra correr contra a multidão que fugia do ambiente pegando fogo e entrar dentro do bar em chamas.

Lá dentro vimos o Hanma em uma cena digna de fotografia, ele estava sentado em cima do balcão de madeira do bar com a prateleira de bebidas ao fundo. As duas paredes ao seu redor já estavam sendo consumidas pelo fogo e ele segurava três garrafas coloridas diferentes.

— O que você tá fazendo aqui dentro ainda? — Falo com a jaqueta branca por cima da cabeça pra evitar que o pouco cabelo que eu tenho pegue fogo.

— Fumando — ele mostra o cigarro e sorri. Ele parecia era estar tentando se matar!

— Vamos embora! — Kisaki briga com ele que nem uma mãe, quando estamos pra sair entram três caras grandes e armados.

Ai mano que ódio, puta que pariu nada vale o estresse que eu tô passando não.

— Opa, todo mundo pro chão! — Hanma da a ordem que nem o Jack Sparrow traficado do Paraguai eu e Kisaki obedecemos na hora.

Eu ouvi uma porrada barulhos de tiro e me senti ser puxada pela jaqueta através de um buraco que parecia uma porta de cachorro.

Todos passamos pelo buraco e fugimos correndo dali, pegando nossas motos e correndo com elas pelo meio do mato.

— Meu Deus, nunca mais te mando fazer nada — Kisaki diz depois que Hanma entrega pra ele o malote de dinheiro e mais alguma outra coisa que ele guarda também — e me dá isso aqui.

Ele puxa uma das garrafas que está com a calopsita ainda, era uma garrafa amarela e ele bebe do gargalo mesmo.

— Eu trouxe pra você também, esquentadinha — ele me entrega uma garrafa azul e fica com a rosa.

— Não deveria me dar essa daí? — inclino minha cabeça pra ele.

— Claro que não, eu gosto de bebida doce, o Kisaki falta pouco beber álcool etílico e você fica com o meio termo, não me disse do que você gosta — ele abre a garrafa e bebe direto um gole enorme.

— Eu queria a de morango! — eu ainda não acredito que ele não me deu a de morango.

— Foda-se — ele ri e eu abro a minha garrafa, nem era tão ruim e tinha gosto de bala de menta.

— Tem quase um litro, dá pra vocês dividirem —  Kisaki murmura, cansado da picuinha que ficou por causa da garrafa rosa.

— Tá bom... No três a gente troca — o maluco me olha com o olhar bem Estreito e estende a garrafa pra mim, eu faço o mesmo — Três!

Ele achou que eu ia dar bobeira mas na hora a gente realmente trocou eu já dei um gole... Muito mais gostosa!

— Iih, você acabou de me dar um beijo indireto — Hanma murmura me fazendo engasgar.

— Você beijou ela quase vomitando na sua boca, o beijo indireto é o de menos aqui — Kisaki dizia atrás de nós como se berrasse junto um "parem de falar dessas coisas! Eu estou aqui"

Passado esse constrangimento e tendo uma fuga bem sucedida, a gente encosta em baixo de uma ponte pra jogar conversa fora, ainda era meio cedo pra ir e gente já bebeu.

— Tá... Vamos fazer um jogo — batuco nas minhas pernas enquanto estamos sentados no chão, bem em baixo da ponte.

— É isso que dá trazer garotas pra gangue — Kisaki murmura, ajeitando os óculos.

— Cala a boca — Digo bem no ato pra ele e me viro pro hanma — duas verdades e uma mentira.

Sorrio pra ele que retribui.

— Tá bom, você começa — ele vai acender um cigarro, eu reparei que ele estava com duas caixas e a que ele pegou era levemente esverdeada.


Eu nunca vou dizer que te amo - Shuji Hanma Onde histórias criam vida. Descubra agora