Rebecca desce de sua bicicleta quando está alcançando a entrada do prédio. Ela olha para cima e percebe que a luz do quarto de Sarocha está acessa, e também consegue ver a silhueta da mesma desaparecendo assim que percebe a mais velha olhando para cima.
A doutora apenas ri silenciosamente e balança a cabeça, zombando da falha tentativa de Sarocha de não ser descoberta.
Guardar a bicicleta, subir pelo elevador, caminhar até a porta do apartamento, ouvir vozes vindo de dentro.
Rebecca franze suas sobrancelhas quando escuta as vozes ecoando. Ela abre a mochila que estava em suas costas cautelosamente, tirando a arma de dentro e apontando para a porta.
Rebecca respira fundo.
Ela gira a maçaneta bem devagar, e quando a porta se abre, Rebecca acende e luz e aponta a arma para três pessoas que estavam ali.
É sua equipe de trabalho.
"Vocês perderam a cabeça!?" Rebecca suspira em alívio, guardando a arma dentro da mochila e deixando-a deslizar pelo seu ombro até cair no chão. "Eu poderia ter atirado em vocês!"
"Você não faria isso sem ver a pessoa antes." Saint, um dos peritos responsáveis pelo caso, cruza os braços.
"Como vocês entraram aqui? Vocês têm uma chave reserva?" Rebecca pergunta.
"Rebecca, você acha mesmo que abrir uma porta é um problema para nós?" Mind, que é a segunda detetive responsável pelo caso, provoca a doutora.
Na verdade, Rebecca acha que se Mind fosse a primeira responsável pelo caso, ele já teria sido resolvido.
"Por que vocês estão aqui? Eu estou cansada e só quero dormir." Rebecca se joga no sofá, praticamente derrubando os papéis que Saint havia colocado ali.
"Precisamos te mostrar isso." Mind tira algumas fotos de dentro da pasta que segura e joga-as na mesa que está na frente do sofá onde Rebecca se deitou.
A doutora rapidamente se senta, separando as fotos cautelosamente e analisando uma a uma.
"Eu não sei como os outros peritos deixaram isso passar..." Saint coloca as mãos na cintura e começa a andar de um lado para o outro enquanto Rebecca pensa.
"A minha teoria sobre a fixação por números apenas se comprovou mais uma vez." Rebecca levanta uma das fotos, cerrando os olhos enquanto a coloca contra a luz.
"É. Parabéns, doutora, você é um gênio." Non diz em um tom impaciente. "Agora vamos ao que importa, isso é relevante para você?"
Rebecca coloca a foto que segurava junto às outras, cada uma delas mostrando o pé direito da vítima, e em cada corpo, um número foi riscado com uma faca, formando uma cicatriz.
"Isso é muito interessante..." Rebecca murmura em um tom de fascínio.
"Dra. Armstrong, não queremos saber se você se apaixonou pelo modo como a mente do nosso assassino funciona." Non repreende Rebecca. "É útil, ou não?"
"É muito útil..." Rebecca assente com a cabeça, ainda analisando as fotos.
"Ótimo, isso é tudo o que precisávamos saber." Non bate palma uma vez, aparentemente satisfeito. "Vamos." Ele se direciona a Saint e Mind.
Rebecca não pode deixar de notar a frieza com a qual o detetive tem a tratado desde a noite do último assassinato. Ele acha que Rebecca está escondendo algo.
E eu estou , Rebecca pensa.
Mas ela não diz uma palavra, se contenta apenas em acompanhar os três até a porta e se surpreender.
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As noites em Paet Riu são perigosamente atraentes.
RomanceUma série de assassinatos é cometida, e Rebecca se vê enfrentando a investigação mais complexa de sua vida. Se infiltrar na cidade e na vida dos moradores de Paet Riu seria um desafio, e conhecer Freen Sarocha Chankimha deixaria uma marca em Rebecca...