TW: leia com atenção e pause se ficar pesado demais.
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Rebecca entra no restaurante e escaneia o local com os olhos, finalmente encontrando a mesa onde sua equipe está sentada.
"Bom dia." Ela se senta, escutando Mind e Saint cumprimentando-a de volta e Non apenas mantendo os olhos no menu.
Já faz um tempo que o detetive não consegue nem ao menos olhar para Rebecca. Não é diferente para a doutora, que já não suporta mais trabalhar com ele.
Ou melhor, para ele.
Então os dois acabam mantendo todas as suas conversas estritamente profissionais, funciona perfeitamente para Rebecca.
"Bom... estamos nos reunindo aqui porque, segundo a Dra. Armstrong, o nosso assassino possui algum tipo de sistema." Non apenas aponta para a doutora, mas não olha em sua direção. "Visto que no último mês ele atacou no dia 8, esperamos que o próximo seja dia 9 deste mês, o que está próximo."
"Sim, temos apenas alguns dias," Mind confirma. "Algum plano?"
"Bom... será pela noite, em uma casa de família, durante o jantar, à mesa..." Rebecca lista todas as pistas que possuem.
"Okay... mas pode ser em qualquer casa da cidade!" Saint argumenta.
"Não qualquer casa." Rebecca discorda. "A vítima sempre mora com uma família, isso é um padrão."
"Continua sendo vago..." Non comenta.
"Temos uma grande equipe, e é uma cidade pequena." Rebecca argumenta.
"Não podemos chamar a atenção." Non diz.
"É... ele tem razão." Mind olha para Rebecca e lamenta.
"Mais alguma coisa que possa ajudar?" Saint pergunta para Rebecca.
"Bom... ele certamente estará rodando pela vizinhança onde cometerá o assassinato." Rebecca diz. "Estará muito calmo ou muito ansioso. Pode ser que ele fique observando a família pela janela por um longo tempo, dando à sua vítima o prazer de jantar uma última vez com sua família."
"Isso é triste..." Saint comenta.
"Deixa disso..." Mind dá uma cotovelada no perito. "É doentio, isso sim."
"Na cabeça dele é extremamente racional." Rebecca explica. "Ele acha que está fazendo o que é melhor. O que é certo." Ela se ajeita em sua cadeira, construindo um clima tenso.
"É crucial que se lembrem que, na cabeça desse assassino, tudo isso faz sentido." Rebecca explica cautelosamente. "Cada detalhe de cada assassinato, os pequenos rituais... todas as vítimas foram mortas por uma causa que na cabeça dele foi justa ou necessária."
"Então há uma grande chance desse homem não parecer culpado." Mind comenta.
"Exatamente!" Rebecca dá um leve soco na mesa, se animando com o comentário da detetive.
"Vocês vejam bem," Rebecca faz uma pausa dramática, tendo certeza de que tem a total atenção de todos. "Será um homem aparentemente inocente inserido em um contexto suspeito. Aquela pessoa que a consciência de vocês diz ser totalmente inocente, na verdade pode ser grandemente culpada."
"Estamos falando de psicologia reversa?" Saint pergunta.
"Não precisamente," Rebecca responde. "Porém, é uma boa aproximação." A doutora começa a se envolver pelo interesse de Mind e Saint.
"Pensem comigo," Rebecca coloca ambas as mãos na mesa e olha para elas por alguns segundos. "Existe um certo nível de neuro persuasão, mas ele não é um desejo explícito do nosso alvo, então não é totalmente viável chamar o ato de psicologia reversa." A doutora explica.
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As noites em Paet Riu são perigosamente atraentes.
RomanceUma série de assassinatos é cometida, e Rebecca se vê enfrentando a investigação mais complexa de sua vida. Se infiltrar na cidade e na vida dos moradores de Paet Riu seria um desafio, e conhecer Freen Sarocha Chankimha deixaria uma marca em Rebecca...