Xeque-mate.

530 98 111
                                    

Nota inicial: 

Moni e Ay estou ansiosa para as suas piadinhas com esse capitulo. :)

--

"Então, o que vocês me dizem?" Rebecca fita os três inquietamente.

"Dra. Armstrong, eu não sou burro, não vou questionar as suas habilidades para formar a personalidade de alguém." Non se pronuncia. "Mas... não há nada sólido contra esse senhor."

"Senhor, eu não estou dizendo que existem provas, só estou dizendo que ele merece uma investigação especial." Rebecca esclarece.

"Mas... qual pretexto nós usaríamos?" Mind pergunta. "Se investigarmos Wo então teríamos que fazer a mesma coisa com pelo menos todos os moradores daquele prédio." A detetive explica.

"Talvez alguma digital nos corpos bata... um fio de cabelo, qualquer coisa!" Rebecca olha para Saint, que é o responsável pela perícia criminal.

"Rebecca, não temos nada." Saint lamenta. "O cara não deixa nada!"

Rebecca leva ambas as mãos até a cintura, liberando um longo suspiro para tentar conter sua irritação.

"Doutora, eu sei que você se sente frustrada por não estar conseguindo fechar o caso, isso nunca aconteceu com você antes... eu entendo." Non fala em um tom de voz baixo, tentando acalmar Rebecca.

"Mas começar a investigar dezenas de pessoas de um prédio quando você está lá dentro? Levantaria bandeira demais, não vamos correr esse risco." O detetive diz.

"Eu entendo..." Rebecca pende a cabeça para trás, soltando o ar de suas bochechas. "Vocês têm razão. Eu não sei onde estava com a cabeça."

"Continue investigando, doutora." Non comanda. "E qualquer coisa... você já sabe." Ele sinaliza com a cabeça antes de se retirar.

"Você está fazendo um ótimo trabalho, Becky." Saint coloca uma mão no ombro de Rebecca, dizendo as palavras que Rebecca sabe que nunca sairão da boca de Non.

Mind espera os dois homens deixarem a sala, ficando a sós com a doutora.

"Rebecca, aconteceu alguma coisa?" Mind cruza seus braços lentamente.

"Não. Por que a pergunta?" Rebecca franze suas sobrancelhas em sinal de curiosidade.

"Bom, você está meio... aérea, nesses últimos dias." Mind leva um tempo para achar o adjetivo certo. "Se for alguma coisa que você não pode contar para eles, os homens..."

"Não," Rebecca balança a cabeça negativamente. "Não é nada, Mind. Eu só... preciso dormir direito." A doutora dá uma desculpa.

"Tudo bem," Mind assente. "Eu ia te recomendar um remédio, mas... você é médica, então..." A detetive abre um sorriso quando Rebecca consegue rir.

"Eu cuido disso," Rebecca assegura. "Prometo que vou para a cama bem cedo hoje."

--

Rebecca olha para seu relógio. Onze horas da noite.

Ela não pode deixar de pensar no que disse para Mind essa manhã. Bem, parece que foi uma promessa jogada ao vento.

Porém, noites mal dormidas não são o problema, e Rebecca sabe disso.

Ela vira mais uma taça, cada gole de vinho descendo suavemente pela sua garganta, e isso agrada Rebecca.

Ultimamente, o prazer de tomar vinho para ser a única coisa que vem de modo fácil até ela.

Então, com um último gole, Rebecca decide terminar por hoje. Ela guarda todas as pastas dentro da gaveta da mesa, preparada para dormir e torcer para que amanhã o tempo continue colaborando.

As noites em Paet Riu são perigosamente atraentes.Onde histórias criam vida. Descubra agora