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Com o forte choro, era difícil ter algum ouvido que aguentasse aquele som.
― Esse choro é realmente potente Miguel.
― Shi, shi, shi... ― Miguel balançava Kyle em seu braço, mas o pequeno não deixava de chorar.
Não adiantava por chupeta, tentar balança-lo, dar a mamadeira que havia deixado pronta. Kyle recusava todas. O pequeno com os cabelos cheios de cachinhos, olhava de um lado para o outro em um triste desespero.
No corredor do hospital, os três esperavam alguma notícia sua.
As lágrimas do pequeno escorriam e não importava o quanto Miguel os secasse com a frauda de pano, ele não se acalmava.
― Será que ele fez cocô?
Ouvindo Lyla, Miguel ergueu o bebê e verificou a frauda, mas estava limpinho. Naquela posição, uma mão de Kyle acabou agarrando nos cabelos da nuca de Miguel.
― ...?
Ele parou repentinamente de chorar.
Acabou?
Miguel tentou abaixa-lo, mas no início desse ato o bebê iniciava seu choro novamente, o que fez com que Miguel o erguesse em direção ao próprio cabelo novamente.
Agora foram as duas mãos de Kyle que agarraram no cabelo dele.
Se Miguel não estivesse com o braço abaixo daquela bundinha com frauda, Kyle pareceria estar pendurado em uma montanha.
Não teve jeito.
[...]
Faltando alguns minutos para que o médico saísse, Gabriel O'hara se juntou aos dois naquela sala de espera.
― ...
Gabriel se mostrou claramente surpreso ao ver que Miguel havia deixado o pequeno sentado em um dos próprios ombros. O pequeno abraçava a cabeça do pai, ao ponto de tapar um olho de Miguel. As mãozinhas ainda agarravam no cabelo dele.
Chupando a chupeta, no meio daquela cabeleira, Kyle estava com a cabeça encostada no topo da do pai.
― Não faça nenhum comentário, Gabe. ― Disse o pirata.
― Está bem... ― Gabriel mordeu os lábios para não rir.
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