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Com os pés balançando na beirada do sofá e a cabeça encostada em seu colo, Kyle estava em um estado hipnótico pelo desenho da tv.
― ...
Você passava o dedo nos cachinhos de seu filho.
Depois de uma semana daquele dia, ele não havia perguntado mais nada. Não depois de você ter chorado em sua frente.
― É, acho que já está na hora de eu levar alguém para a escola.
Kyle costumava a sempre enrolar nesses momentos, dizia apenas mais um episódio, espera um pouquinho que já está terminando, porém dessa vez isso não ocorreu. Ele ergueu a cabeça e olhou para você.
― ... ― Nitidamente pareceu reparar se havia lágrimas em seus olhos. Como não achou nada, Kyle sorri com os olhos. ― Vou pegar minha mochila, Mami.
Isso doía.
Seu olhar doloroso que seguia as costas de seu filho se desfaz no momento em que ele se vira.
Como se não nada estivesse acontecendo, nada estivesse faltando naquela casa, você continuava a seguir, ignorando aqueles pontos.
Após levá-lo a creche, você volta com o carro para frente de sua casa.
Hesitando em virar a fechadura. Sua própria mente parecia te esfaquear pelas costas, fazendo com que você não apenas imaginasse, como também já pudesse ouvir a voz daquele homem te recebendo.
Apenas depois de ter respirado fundo, sentindo seu coração quase sair da boca, você conseguiu virar a maçaneta.
Não havia ninguém.
Ninguém.
Isso era ótimo, não?
― ...
E após ter dado alguns passos pela casa, ter olhado para aqueles quadros modificados, uma outra pergunta invade sua mente.
