Capítulo 1: O início

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Pessoal, está disponibilizado um link para o documento que contêm todas as referências de imagem e dados do universo, inclusive o mapa para que entendam melhor a história.

Boa leitura.

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Não morreu.

Park Haru acordou atordoado com os olhos perdidos e a boca seca. Não conseguia lembrar de onde estava, mas flashes do desastre que aconteceu a algumas horas atrás voltaram em sua mente. O humano olhou ao redor tentando minimamente se localizar. Estava em um quarto simples, composto principalmente de madeira, tijolos maciços e um pouco de metal, era como estar em uma casinha do estilo feudal escrito nos livros de história.

Era até bonito e aconchegante, a coberta que o cobria era quentinha, tudo parecia um pouco grande demais, mas não teve sequer tempo de continuar suas análises sobre o tamanho da casa e qual o possível motivo disso. Não conseguiu, porque, simplesmente a porta se abriu e um urso acompanhado de uma lontra imensa, todos os dois vestidos.

Mais um desmaio.

Com certeza isso não seria bom para o cérebro do humano.

Além da inconsciência do humano, a lontra e o urso estavam preocupados.

Já haviam ouvido falar de humanos, mas já tinha muito tempo que não apareciam nenhum deles por essa essa região, inclusive o último humano daquele reino havia morrido pela idade. Os livros da biblioteca continham algumas descrições e instruções sobre como agir e tratar os humanos caso houvessem acabado de chegar, explicando um pouco sobre o mundo onde eles viviam e que explicava o motivo deles terem tanto medo à primeira vista.

A lontra, Eliz, era a curandeira da região e ela já havia feito alguns estudos junto às xamãs mais antigas daquela realidade e, inclusive, aprendeu algumas poções e rituais que pudessem ajudar a viabilizar a comunicação entre os furrys e os visitantes.

_ Realmente é um humano e ele parece bem desesperado...

_ Eu sei, por isso te chamei, ouvi uns gritos fora de casa, foi a conta de eu vestir uma roupa para sair de casa e quando eu o vi lá na mata, ele caiu no chão. Até pensei que fosse, não sei, talvez tivesse levado alguma pancada na cabeça...

_ Ele só está em pânico... Vou fazer um ritual com magia para que ele consiga se comunicar conosco, isso deve ajudar ele a se acalmar quando nos ver novamente.

_ Ele vai ter que usar alguma coisa?

_ Normalmente ele usaria um cristal, mas como ele parece alguém que desmaia com facilidade, acabaria perdendo o amuleto, então vou fazer a runa próximo ao osso mastóide...

_ Ham?

_ Atrás da orelha dele.

A curandeira tirou alguns cristais de sua sacola, algumas velas e um pouco de sal grosso para criar um círculo de proteção. A lontra, já mais velha, pegou uma adaga em sua bolsa para realizar o desenho da runa atrás da orelha do humano de cabelos lisos. O urso ficou sem saber o que fazer naquele momento até que o humano começou a se remexer e Bao percebeu que poderia ser útil segurando o humano para que o procedimento corresse bem.

Eliz começou a falar em uma língua que não era compreensível, fazendo uma corrente de vento começar a correr dentro daquele quarto. Bao já tinha ouvido falar de como era os rituais, mas era a primeira vez que vinha um de perto e seu coração estava disparado pensando que tudo daria errado e que o único humano que havia visto na sua vida já estava com seus minutos contados.

O urso fechou os olhos com força para não presenciar a morte do humano.

Em alguns minutos o vento parou de soprar forte e Bao se sentiu seguro para arriscar a olhar. O humano continuava dormindo e Eliz já estava limpando e recolhendo tudo enquanto segurava o riso.

Você quer ser meu padeiro... - FurryOnde histórias criam vida. Descubra agora