Você quer ser meu padeiro... - Furry

Capítulo 12: Erros e acertos

Pessoal, está disponibilizado um link para o documento que contêm todas as referências de imagem e dados do universo, inclusive o mapa para que entendam melhor a história.

Boa leitura.

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A leoa estava certa.

Na primeira semana o lobo aguentou ficar longe do humano sem que isso interferisse no seu trabalho, mas no início da segunda ele já estava tenso. A energia ao seu redor estava carregada e ele sequer conseguia manter um sorriso no rosto por muito tempo enquanto atendia as pessoas.

Claro que isso não passou despercebido pelos seus pacientes, porque normalmente aquele lobo tinha um ótimo humor, então começaram as perguntas...

"O que está acontecendo?"

"Por quê está assim?"

"Não deveria voltar e ficar com ele?"

"Não deveria marcá-lo e trazê-lo em suas viagens?"

"Como você aguenta?"

Simples, o lobo não estava aguentando.

A cada vez que precisava explicar que estava apaixonado por um padeiro e que não poderia simplesmente trazê-lo consigo, era como uma facada em seu coração. Bastian queria marcar aquele homem, queria voltar correndo para aquela criaturinha baixinha e perigosa, queria poder mostrar mais de suas habilidades com magia para ele, quem sabe fazer florescer um jardim perto da janela de seu quarto... E, mais que tudo isso, ele queria poder sentir aquele cheiro de novo.

Todas as suas roupas já não cheiravam ao Park, seu pelo já não tinha o mesmo cheiro e isso estava irritando seus instintos.

Estava amando. Isso já era óbvio para si mesmo. Nunca tinha se sentido assim em relação a ninguém e agora não poderia ficar sem o cheiro do humano? Ahhh, o Bennett não era tão burro quanto parecia.

Por isso, vendo que não aguentaria muito tempo no Feudo Silva, o azulado procurou pela pessoa mais fofoqueira da região, aquela que se você dissesse as palavras certas, Deus e o mundo ficariam sabendo.

Isso seria uma mão na roda.

Mas precisava garantir que as informações chegariam corretamente.

_ Sra. Keny, como está hoje?

Fez o atendimento normalmente, mas logo jogou a isca que foi mordida mais rápido do que um raio.

_ Nossa, eu vou te contar uma coisa, mas não pode contar para ninguém, okay?

_ Claro, meu filho, minha boca é um túmulo.

Entregou para ela uma cópia do seu plano de como poderia atender às pessoas, o desenho de como seriam feitos os atendimentos e a explicou tudo com calma, ressaltando que isso ainda era um planejamento e que iria conversar com as pessoas para saber o que achavam.

Ela adorou e aceitou de bom grado ficar com a cópia do documento para "fazer uma leitura mais profunda" e propor melhorias.

Agora que ela tinha a informação, deixou a dica de onde poderia tirar mais dúvidas.

Claro que o endereço foi a padaria do humano.

Local para onde estava, inclusive, indo imediatamente.

Essa foi uma jogada arriscada, mas precisava agilizar seus trabalhos, ficaria um mês em cada feudo e a disseminação seria mais rápida se tivesse apoio.

O lobo pegou um livro em uma biblioteca daquele feudo e o levou para a viagem. Naquele livro ele encontrou informações sobre como preservar o cheiro de alguém em um pingente, assim poderia ficar aromatizado por mais tempo.