Capítulo 6: Incógnitas

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Pessoal, está disponibilizado um link para o documento que contêm todas as referências de imagem e dados do universo, inclusive o mapa para que entendam melhor a história.

Boa leitura.

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Incompreensível. O humano simplesmente não conseguia, e nem queria, entender o motivo de reagir tão fortemente ao lobo sobre seu corpo. Há algumas semanas esteve com Astrid, uma leoa, e mesmo tendo tido algo incrível... Ao estar perto de Bastian parecia não ter sido nada. O seu corpo, sua mente, tudo nele parecia esquecer do resto do mundo e focar apenas no lobo de pelagem azulada.

Batian se encontrava da mesma forma. Não havia conseguido esquecer o humano, não havia conseguido sequer se conter quando o viu preparando o que acabou sendo o almoço naquela manhã e deixou uma mordida, suave, na nuca dele. Aquilo havia sido errado... Não deveria ter sequer pensado em fazer algo daquele tipo sem o consentimento dele...

Em Yetera, planeta em que viviam, a marca de uma mordida que chegava a romper a pele durante o ato sexual significava pertencimento. Era algo próximo ao casamento, tanto que sequer utilizavam de algo parecido com a cerimônia humana, o casal quando se marcava, anunciava as famílias por meio de cartas ou jantares, dependendo do nível social de cada um.

Mas não conseguia pensar direito, não quando se tratava do humano. Era como se todos os seus instintos implorassem para não deixar que mais ninguém o tocasse e isso o assustava.

Era aterrorizante para alguém que cresceu aprendendo que não deveria se apegar a nada para não prejudicar o seu trabalho como curandeiro, estar sentindo seu coração disparar só de imaginar a figura de um homem em seus braços. Ele nunca havia passado por algo assim e se falasse com alguém, com certeza, não acabaria nada bem.

Nenhum dos Bennett era marcado ou deixava marcas em pessoas.

Isso não poderia acontecer ou ficariam presos e as pessoas que poderiam atender ficariam prejudicadas.

Mas nada disso importava, não quando podiam tocar um ao outro.

Era uma incógnita como a mente daqueles dois estava tão confusa e ao mesmo tempo tão clara sobre o que deveriam fazer.

Mas o medo, o receio fez o lobo parar.

O humano queria mais e, sinceramente, ele também, mas não poderia.

Os olhos antes dilatados pelo encanto de tocar o Park novamente agora voltaram ao normal e o dono dos olhos âmbares recuou até estar sentado sobre seus próprios calcanhares.

_ Bastian? O que foi?

_ Haru. Eu não sei se devemos ir adiante.

_ Mas... Você não gostou?

_ Sim, esse é o problema.

_ O que? Vai me dizer que para ser curandeiro tem que ser celibatário.

_ Não, não é isso... Você viu o que aconteceu... Nós dois estávamos perdendo o controle.

_ E não é assim que deveria ser um sexo bem feito?

_ Não é só sobre isso... Nós mal nos conhecemos.

_ Isso é um impedimento para você?

_ Não normalmente, mas eu não queria que fizéssemos assim. Eu realmente quero te estar com você, Haru... Mas tem algo entre nós que está me deixando louco... E se começarmos agora, talvez eu não consiga pensar em mais nada, você domina a minha mente.

_ Okay, entendi... - Não, ele não havia entendido nada, no entanto estava supondo que o lobo fosse demisexual em algum nível. - Então, o que deveríamos fazer sobre isso?

Você quer ser meu padeiro... - FurryOnde histórias criam vida. Descubra agora