Capítulo 7: O caminho para as respostas

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Pessoal, está disponibilizado um link para o documento que contêm todas as referências de imagem e dados do universo, inclusive o mapa para que entendam melhor a história.

Boa leitura.

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Bastian estava com o coração apertado quanto teve de seguir viagem naquele dia. Porém seguiu em frente, precisava de respostas e não as conseguiria sem ir até o Feudo Fernandes, onde, no limite oeste, entre a floresta e o litoral, se encontrava a Xamã Olga.

A neve ainda estava fraca quando chegou à primeira estalagem. o caminho entre a padaria e a pensão que ficaria durante o inverno levava aproximadamente um ida e meio de caminhada, ou seja, já havia caminhado meio dia e ainda precisaria sair cedo no dia seguinte se quisesse chegar até o anoitecer no local marcado.

Tomou um banho bem quente e se secou o melhor possível antes de vestir as roupas quentes para passar a noite. Comeu na estalagem o cervo que havia sido caçado e preparado para que fosse servido aos funcionários e hóspedes do local como refeição noturna. O lobo preferiu deixar os pães para comer no caminho durante o dia seguinte, assim poderia economizar tempo para se organizar em suas tarefas.

Na manhã seguinte o azulado tomou um banho, se trocou, comeu e saiu novamente em sua caminhada. Durante todo o tempo, os olhos âmbares procuravam pela pulseira em seu pulso, checando se ainda estava tudo bem com o humano.

Aquilo deveria ser simples de explicar, o lobo havia se apaixonado. Mas ele já estava com seus vinte e oito anos, já havia se apaixonado antes e foi necessário mais do que se ver uma vez com a pessoa para que o sentimento surgisse.

Parecia ter algo além... Parecia que o mundo conspirou para que se encontrassem, para que ficassem juntos... Mas esse não era o problema.

Bastian poderia, tranquilamente, se envolver com o humano e seguir sua vida em frente. Porém nada era tão simples. Estava se questionando sobre a vida como um todo e o magnetismo que tinha com o Park era um fator que aos poucos contribuía para pesar a balança que iria gerar uma mudança nunca vista.

Uma vez que havia conseguido se estabelecer na pensão que iria passar o inverno, Bastian procurou pelos outros dois Bennetts que iriam dividir a região consigo. Conversaram brevemente e o lobo sentiu uma diferença de tratamento consigo, claro, depois da penúltima reunião desastrosa em que o Bennett entrou em discordância com o patriarca do clã e a última em que voltou a bater na tecla após perder um paciente por ele, Bastian, simplesmente não conseguir ser encontrado durante a reincidência de uma doença.

Tudo começou com um pensamento livre e simples.

"As pessoas precisam de um local de referência para serem atendidas".

Não deveria ter sido nada de mais.

Mas não foi recebido assim pelo lobo idoso e de pensamento limitado.

Lembrava-se perfeitamente de como ele havia reagido após a sua fala.

_ Os Bennetts não fazem isso, Bastian! Tire isso da sua cabeça.

_ Mas eu não disse para pararmos de irmos de um lugar para o outro... Apenas que parte deveria ter um lugar fixo para serem procurados enquanto os outros continuam vagando. Poderia revezar nessa dinâmica-...

_ Cale-se! Você é um Bennett, pense e aja como tal!

O lobo, mais novo e assustado, recuou colocando as orelhas para trás e escondendo o próprio rabo entre as pernas.

Não estava pronto para um confronto com o líder do clã, mas com certeza aquilo não era algo do qual iria desistir.

Um ano depois, muitos burburinhos entre os integrantes da família e uma tensão crescente, ocorreu a perda de um paciente.

Você quer ser meu padeiro... - FurryOnde histórias criam vida. Descubra agora