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                              Maria Luiza👩🏼

A gente conversou mais um pouco e agora ele disse que vai me levar para tomar o melhor açaí da minha vida.

Não botei fé, mas topei porque amo comer.

Malu: É muito longe?

Coronel: Tu vai ver quando chegar.- Nossa, que simpático. Isso sim é um encontro de qualidade, nota 10 sem dúvidas.

Malu: Por que você é assim? Sabia que ser simpático é algo incrível? E  melhor ainda, não vai te matar. Concorda?

Coronel: Bem que o Escorpião me disse que tu tem fetiche em fazer pergunta. É uma atrás da outra, da nem tempo de raciocinar.

E você raciocina por acaso?

Malu: Estavam conversando sobre mim?- Meu Deus, eu odiei essa possibilidade- Por favor, não repitam a dose- ele ri.- Tô falando bem sério.

Coronel: Já te falei que ele tem um pé atrás com essa nossa história de encontros, na verdade ele tem os dois, odeia isso. Bom, odeia tudo que eu faço.

Malu: Já disse que ele não tem que se preocupar, não vou deixar uma ação sua afetar na minha opinião sobre seu irmão, sei diferenciar as coisas.

Coronel: Não liga da tua amiga tá ficando com um traficante?

Malu: O que exatamente eu posso fazer? Já disse que acho perigoso e que é muito possível que não termine bem, dei meus conselhos e ela escolheu ignorar. Vida que segue, o que me resta é estar disponível se ela precisar.- E ajudar na vaquinha para a peruca.

Coronel: Disse que se envolver com gente errada é cilada e tá aqui comigo.

Malu: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Regra básica.

Ele revira os olhos mas não diz nada.

A gente finalmente chegou no açaí, na verdade nem demorou, eu que sou impaciente.

Optei por não comer no local já que estava com muitos clientes e tinha alguns olhares nada agradáveis direcionados a mim.

Tem algo de muito errado nessa história.

Malu: O próximo encontro quem vai planejar sou eu- digo, preciso tirar ele da zona de conforto.

Coronel: Desde que o fim seja o mesmo a gente não vai ter desavenças.

Alguém avisa ao bonito que quero três encontros completos, se der tudo certo a gente marca um encontro mais íntimo.

Na verdade eu prefiro deixar ele se iludir.

Coronel: Tu faz essa parada de sair em encontros com frequência?

Malu: Para falar a verdade faz tempo que não tenho um encontro. Minha vida tem sido bem agitada nos últimos meses, deixei os  encontros e a paquera  um pouco de lado.

Fiquei no comodismo com o Gustavo.

Não que seja ruim as sensações que ele me causa, só é complicado. A gente fica com muita frequência mesmo sabendo que nunca vai dar em nada.

Malu: É difícil lidar o fato de que você não tem encontros românticos, isso é muito sem graça.

Coronel: Tu gosta dessas paradas?- confirmo.

Malu: Assim que o destino ficar a meu favor vou arrumar alguém para ter esse momentos.

Ele apenas concorda e continua andando ao meu lado.

Malu: Sério que você nunca teve um romance? - Ele me encara- Um romance de verdade, não uma garota que você chama assim.

Coronel: Não, e nem tenho vontade de ter. As coisas são complicadas, acho que tu não entenderia.

Malu: E eu acho que você nem se daria o trabalho de me explicar - digo o óbvio enquanto me escoro em um muro baixinho para ver o lugar.

Coronel: Inteligente da sua parte.- olho pare ele e dou um sorriso por conta da cara de pau dele.

Tomo todo o meu açaí enquanto ele só observa já que não quis pegar nada para ele. Ele foi bem educado pagou para mim e até foi caçar um lixinho quando eu terminei. Logo voltou ficando na minha frente novamente.

Coronel me encara e estica  mão arrumando meu cabelo, põe tudo atrás do meu ombro e é bonitinho ver ele concentrado fazendo isso.

Malu: A gente pode manter uma amizade quando isso acabar - ele só concorda encarando meu rosto, parece não prestar atenção em nada que eu digo-A gente pode se dar bem.

Coronel: É, a gente pode sim.- o dedo indicador dele escorrega pelo meu pescoço e contorna a minha clavícula.

Malu: Eu digo em quesito de amizade- ele só concorda sem dar a mínima para o que sai da minha boca.

Então resolvo parar de falar já que ele não tá me ouvindo.

Coronel: Meu romance? - ele encara a minha boca depois meus olhos.

Malu: Hmm?

Coronel: Beijos já são liberados a partir do segundo encontro?

Malu: Acho que não tenho nada contra.

É, acho que não estou tão no controle quanto acreditei que estava.

Mas vou fingir que estou para não sair tão por baixo.

Meu corpo esquenta até demais quando ele se aproxima e roça a ponta do nariz no meu.  Logo são seus lábios que tocam rapidamente os meus deixando um rastro de fogo no meu corpo.

Coronel: Ótimo, assim não vou burlar nenhuma das tuas regras.

Péssima ideia, mas já que estamos aqui não vamos deixar ser em vão.

Não recuo quando ele coloca a mão na lateral do meu rosto e se aproxima lentamente me dando um leve selinho.

Só esse selinho é o suficiente para me deixar quase sem ar. Eu meio que criei uma expectativa do caralho nesse homem, não quero me decepcionar.

A mão dele toca de leve a minha coxa e vai subindo lentamente enquanto ele passa a língua de leve pelo lábio inferior.

Impaciente do jeitinho que sou seguro o rosto dele e puxo na minha direção dando um beijo nele, um beijo que ele não nega e faz questão de aprofundar.

A mão que estava na minha coxa já está na minha cintura enquanto a outra se perde no meu cabelo dando leves puxadas.

Certo, notei que não criei expectativas que não podem ser alcançadas.

O cara beija bem demais....

Ao mesmo tempo que isso é bom é péssimo.

Vai ser difícil ignorar

Coronel: A gente pode marcar o próximo encontro pra amanhã - dou risada recuperando o fôlego.

Malu : Não!

Coronel: Droga- ele pragueja e volta a me beijar.

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