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Coronel🤬

Vim na base do ódio para casa ontem de noite, que raiva que eu tô daquela loira maldita.

Escorpião: Vou sair, se precisar de mim.... Na real é melhor nem precisar.- olha só a ousadia desse cara.

Gerente geral do morro, mas vive correndo atrás de boceta. Sigo rodeado de incompetentes.

Coronel: Pô, mas tu vive grudado naquela mulher agora. Te contar, mais adestrado que cachorro de madame.

Escorpião: Quem disse que é com ela que eu vou sair? - sou obrigado a rir de uma merda dessa.

Coronel: E por acaso não é?

Escorpião: Sim, mas não é só a gente. Vamos pra praia com uns amigos dela.

Praia?

Lembro que uma certa pessoa disse que ama a praia.

Coronel: Maria Luiza também vai?

Escorpião: É provável.

Coronel: Tu sabe onde a loira mora?- minha curiosidade fala mais alto que tudo.

Escorpião: Sei, é um condomínio de gente rica. Busquei ela lá umas duas vezes. Não sei o que os pais dela fazem, mas eles tem uma grana fodida- Apenas concordo.

Nunca nem me dei o trabalho de perguntar sobre a família dela, não me interessa.

Escorpião: Tu saiu com ela ontem, não foi?

Coronel: É....- Montou em mim, me deixou excitado pra cacete e depois simplesmente pegou um Uber e foi embora.- Nada demais- Felipe concorda.

Mas isso não vai ficar barato.

Ela não vai ter tanto controle sobre mim.

Escorpião: Eu vou indo, as meninas já estão na praia.

Coronel: Tenho nada pra fazer- que mentira- acho que vou junto.

Escorpião: Depois fala que eu tô obcecado pela Gabriele, olha só pra ti.  Palhaçada, nem dá pra te levar a sério.

[...]

Nem sei porquê vim.

Calor do caralho, podia tá lá no ar-condicionado da minha casa.

Assim que cheguei vi a Maria Luiza, a Gabriele, o tal Gustavo e uma garota que eu não faço ideia de quem é.

Maria Luiza me olha de cima abaixo e sorri quando eu me aproximo.

Malu: Não esperava você por aqui - meu olhar desce pelo corpo coberto pelo biquíni. É normal alguém ser tão gostosa assim? E a carinha que essa garota faz, porra!

Coronel: Escorpião me convenceu a vir.- puxo a camisa pela gola me livrando dela. Tá muito quente.- Não tinha compromisso então vim.

Malu: Ah, entendi.- o olhar dela desce pelo meu corpo e ela põe o canudinho da água na boca dando um sorriso de lado.

Essa mulher....

Malu: Espero  que se divirta, não existe lugar melhor que a praia.- ela senta em uma toalha e eu sento na areia ao lado dela.

Coronel: Por que toda essa paixão pela praia?

Sol e areia no corpo, sou muito fã não.

Malu: Meu tio sempre me levava em alguma praia, sem dúvidas era a melhor parte da minha infância. Minhas melhores memórias são em praias, é um lugar especial para mim.- concordo- Tem algum lugar que seja assim para você? Que só de você ir já sente tudo ao redor mais leve.

Coronel: Tem um senhor lá no morro, ele vende dogão. Eu tenho um apego por aquele lugar, minha coroa me levava toda sexta lá, eu e meu irmão. Bons tempos.

A época que ela era viva tudo era mais fácil, tudo era melhor.

Malu: Eu tenho memórias boas com meu pai e meu tio. Mas não tenho nada relacionado a minha mãe, acho isso tão estranho. - ela da um meio sorriso triste- Geralmente a ligação com a mãe é sempre maior, principalmente quando a criança é menina.

Coronel: Se serve de consolo eu não tenho nenhuma lembrança boa com meu pai.- Nada de bom veio daquele homem, na verdade ele me tirou todas as coisas boas que eu tinha.

Consigo ver no rosto dela que há muitas perguntas que ela está segurando. Meu romance adora fazer perguntas.

Ela toma mais um pouco da água de coco e volta a me olhar. O olho dela é bonito pra caralho, gosto do tom.

Malu: Sabe, eu não entendo- ela me encara- O que exatamente você acha que vou fazer com o seu nome? Não faz o menor sentido para mim. Eu sei que você vende uns produtos diferentes, mas não é como se eu fosse te entregar para a polícia.

Fico em silêncio.

Malu: Isso ia atingir o Felipe e ia acabar atingindo a Gabi. Não tenho consideração por você, nem te conheço para isso, mas amo demais a minha melhor amiga. Eu faria qualquer coisa por ela, qualquer coisa mesmo.

Escolho ignorar e dou uma olhada ao redor. Vejo a garota ruiva com o Gustavo.

Coronel: Amiga colorida dele? - ela olha na mesma direção que eu e ri negando.

Malu: Não, a amiga colorida dele sou eu- ela ri me olhando, mas não tô achando graça nenhuma- Não rola nada entre a Erica e ele, são só amigos. Bons e velhos amigos.

Coronel: Ficou incomodada com o que eu sugeri?

Malu: Por que ficaria? Formariam um casal bonito. Você sente ciúmes das suas ficantes? - nego.

Não sinto, nunca senti. Se tiverem outra pessoa pra transar não vai ficar no meu pé.

Coisa feia ficar no pé dos outros. Pessoal emocionado que não aceita que foi uma vez só e deu.

Olho para a Maria Luiza e engulo em seco. Eu meio que tô fazendo isso com ela, não tô?

Porra!

Mas é que o sexo foi bom e eu quero repetir pelo menos mais uma vez. Só pra ter certeza que não me iludi e foi tudo aquilo que eu lembro.

Não é como se ela fosse ligar os pontos e dizer meu nome para quem não deve. Ela tem noção que o da amiga dela tá na reta também.

Coronel: Meu nome é kaique, mas bem dizer ninguém me chama assim. Prefiro que me chamem de Coronel, ter o nome na boca do povo em uma situação como a minha é complicado.

Malu: Kaique...- ela murmura- É um nome bonito, e  esse sim combina com você. Prazer em te conhecer, Kaique- ela estica a mão pra mim. Dou risada da brisa dela mas aperto a mão dela como se tivesse conhecendo a garota agora.

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