Capítulo Dezoito.

213 21 8
                                    

—

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— ... Eles não terão piedade alguma. Você será apenas um pedaço de carne para um grupo de abutres. Eles não levarão em conta seu nome, sua família, seu rostinho bonito. Eles irão matar você antes que você perceba. — John me apontou uma arma. — O que você faz?

— Eu-...

— E já está morta. Você tem menos de 1 segundo para pensar. Você não deve pensar, Rachel! Você deve atacar e não ser morta!

Foram dias de tortura, mas eu merecia isso. John estava focado em me ensinar, afinal, foi isso o que eu lhe pedi. Antes do sol tomar o lugar da lua, ele vinha me acordar. Ele me preparou com corridas, exercícios físicos e pequenas lutas corpo a corpo. Me pareceu uma eternidade até chegarmos às armas, e agora pensando bem, eu gostaria de poder voltar atrás e reiniciar os treinos.

— O que eu devo fazer?!

— Você sabe o que deve fazer. Eu já não ensinei isso?! — John estava sem paciência. Apesar disso, sua mão armada sequer tremia. Que homem...

— Estou tentando me lembrar, eu-...

— Não haverá tempo para pensar, Rachel. Eu disse!

Eu estava exausta. John gritou comigo durante toda a manhã. Meu corpo inteiramente suado assim como o dele; mas diferente dele, eu estava sofrendo. Era tudo novo para mim, mas eu não ousei reclamar ou aceitar as pausas que John ofereceu. Eu tinha que ser forte.

Sem aviso prévio eu "fugi" da sua mira com um singelo soco de direita. Agarrando John, passei o braço em volta do pescoço dele e o agarrei o mais rápido que pude; eu estava atrás dele em questão de segundos.

Apertando a sua garganta, dei uma joelhada leve em sua lombar e John gemeu, arqueando suas costas. Envolvi o seu braço e o torci para trás na tentativa de fazê-lo largar a arma. Ele foi fodidamente mais rápido e agarrou o meu braço, puxando-me detrás de suas costas e derrubando-me sobre o carpete preto

Se isso doeu, imagine se estivéssemos no chão cru.

Lembrei das lutas anteriores e agi rapidamente, derrubando-o com uma rasteira difícil. Ele era pesado, forte, parecia ser de aço puro.

John ainda tentou me alcançar com as mãos, mas então o golpeei com um chute no abdômen e outro no rosto. Enquanto ele gemia tomava alguns segundos para se recompor, recuperei a arma, rolei enfim e montei nele; literalmente.

Ofegante, cansada, mas não rendida. Eu recostei a arma na lateral do seu crânio.

Eu sorri, orgulhosa de mim. Eu finalmente consegui.

— Certo... — John ergueu as mãos em sinal de rendição. Ele riu, provocando em mim o mesmo. — Acho que você se esqueceu de aplicar menos força nos últimos golpes.

— Oh... — Calei meu riso e apaguei o sorriso. Larguei a arma e, em um ato não pensado, peguei em seu rosto suado para tentar amenizar a dor que pensei que ele estivesse sentindo. — Eu machuquei você?! Me desculpe, eu estava tão-...

ATRAÇÃO PERIGOSA | Keanu ReevesOnde histórias criam vida. Descubra agora