Capítulo Dois

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O mesmo de Quase Sempre 

John 

"Sou Rachel". Mudei de idéia quando vi a loira Germanotta. Se antes me era difícil aceitar o fato de ter uma garota desconhecida morando comigo, imagine ter uma garota como ela, deliciosa e proibida em todos os sentidos da palavra. 

Eu agora devia passar por cima do que meus olhos viam. O rabo empinado, os seios fartos, lábios rosados e aquele sorriso sacana que ela tentava disfarçar... É, não seria nada fácil. 

— Bom dia! — Ela chegou a cozinha na manhã seguinte, belamente sexy com a saia curta e a blusa branca colada.

— Bom dia — Janice lhe sorriu. Ela simpatizou com a garota. — O que vai querer? 

— Ah, não sei... Um café está ótimo. Obrigada.

Fechei o jornal que antes lia, pousando-o sobre a mesa. 

— Como foi a noite, Rachel? — Indaguei. 

— Normal, John... Fiz muito barulho?

— Ah... — Sorri — Não leve para o lado pessoal. 

— Eu não... — Ela deu de ombros — Só procuro não incomodar. 

— Então cumpriu bem o seu papel — Sorri-lhe com desdém, sem querer dar chance a sua provocação.

— Aqui, o seu café, querida — Janice a serviu. 

— Obrigada, Janice. 

— E... O que pretende fazer hoje?

— Sair! — Clara, direta e ríspida, mas sempre com um sorriso provocante estampado. 

— An... E falou com a sua mãe? 

— Claro... — Ela mentiu, mal pôde me olhar nos olhos. 

— Hum — Levantei-me — De qualquer maneira, tome cuidado. Leve consigo Ryder, e por favor... Não chegue tarde, lembrei-me que tenho sua mãe na minha cola, supervisionando você.

— Já entendi — Ela revirou os olhos — Tchau! 

Não pôde, nem quis mascarar o quanto queria que eu me fosse. 

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Cheguei a Germousiness. A empresa com dezessete andares não era uma simples empresa, era na verdade uma fachada. Lá haviam assassinos a procura de um novo caso, as pessoas que lhes cediam os casos, outras que faziam o pagamento, e assim por diante... Major era dono de ao menos vinte e cinco daquelas espalhadas pelo mundo, sendo a de Nova York a mais bem sucedida e requisitada. 

Tomei o elevador e parei no penúltimo andar, no corredor do meu escritório que se encontrava em uma sala calma, silenciosa e com uma bela vista para a grande Nova York. 

— Bom dia, Donna — Passei pela secretaria

— Senhor! — Ela saltou na minha frente, me impedindo de prosseguir até a sala. 

— ... O que há com você?! — Questionei Impaciente

— Eu... Não pude evitar — Ela suspirou, estava tensa — Ela chegou entrando, mal parou para escutar! 

— Do que está falando, Donna?! 

— Emilly... 

— Ah! Tinha que ser! Eu já não disse que não gosto que invadam minha sala? 

ATRAÇÃO PERIGOSA | Keanu ReevesOnde histórias criam vida. Descubra agora