Capítulo 18 - Libertação

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O caminho pareceu ainda mais longo debaixo do Sol escaldante

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O caminho pareceu ainda mais longo debaixo do Sol escaldante. Sahaja era a única que estava acostumada com o clima, enquanto o resto de nós suava como nunca e irmão Jiang até parecia que iria desmaiar a qualquer momento.

Os cantis de água se esvaziaram bem antes de chegarmos ao destino e até quase fomos atacados por uma cobra do deserto, não fosse Sahaja notá-la e matá-la com a frieza de um Mamba Chou.

Apesar de tudo, os olhos de Issachar brilharam durante todo o caminho, sinal de que devia estar usando suas habilidades mahins, o que me confundiu. O céu azulado sem nuvens não devia invocar raios, e não havia água suficiente por perto para que usasse a habilidade dos mahins do leste.

— O que está fazendo? — Eu quis saber, mas minha voz acabou saindo esganiçada e tossi, sentindo sede.

— Nesse último ano o irmão do meu avô me ensinou algumas coisas sobre magia com água.

— Achei que não gostasse desse tipo de magia...

— Não gosto muito de água, e os métodos de magia dos mahins são pouco convencionais... Mas ficava pensando que se soubesse magia d'água um pouco melhor, poderia ter salvado Anna no mar.

Suas palavras encontraram um silêncio estranho, porém acabei insistindo:

— Mas então, o que está fazendo?

— Assim como a família de Kendra consegue usar a umidade no ar para criar neblina, decidi me focar em aprender a usar a umidade no ar pra invocar nuvens.

— Nuvens?

— Não sou muito bom nisso, mas se conseguir um pouco de umidade, posso usar magia de eletricidade. Então até chegarmos nas minas, estou me focando em tentar isso...

— Me parece idiota. O céu está completamente azul e você vai gastar toda a sua energia antes de chegarmos lá.

Issachar ignorou meus avisos e seguiu fazendo o que estava fazendo, como se não tivesse me ouvido.

O clima se tornou um pouco menos cruel quando a noite ameaçou cair e o Sol se encaminhou lentamente até o poente. Por sorte, chegamos antes disso aos portões, pois logo encerrariam as atividades externas e fechariam a entrada para vendedores.

Entoei minha melhor interpretação do idioma mukantagariano e disse aos guardas que viemos trazer a escrava Mamba Chou e que queríamos ver o diretor pessoalmente. Nos olharam desconfiados, mas nos guiaram para dentro. Não era incomum que oestinos viessem ao sul fazer negócios com escravos, e pelo que sabiam Issachar poderia muito bem ser tortanenho.

Dentro do complexo havia um prédio enorme, onde o diretor e os oficiais dormiam. De suas varandas altas e corredores era possível ver outros prédios. Apontei para o maior deles e perguntei com a expressão mais inocente que conseguia fazer:

— O que é aquela casa grandona?

O guarda olhou pra longe, mas não demorou a voltar sua atenção para o caminho diante de nós. Ainda assim respondeu:

A Guerra dos Impérios - Volume III: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora