05.

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Carol Martins

No meio da noite, Luca acorda chorando, parecia estar sentindo dor? O mesmo chorava em plenos pulmões e eu nunca tinha visto ele assim antes.

Tento acalmá-lo de todas as formas possíveis e não há nada que o faça parar de chorar. Sem contar que nos outros quartos, ficaram minha família, amigos etc, e de qualquer forma não queria incomodá-los.

Escuto leves batidas na porta. Luca chorou tão alto que minha mãe veio ver se estava tudo bem? Ok, deve ser ela. Abro a porta muito rápido, acreditando que era minha mãe.

Acordei com ele chorando e vim ver se estava tudo bem. – Veiga entra no quarto.

— Desculpa, não queria te acordar. Não sei o que ele tem, não parece estar com dor. E também não é fome. – Respondo apreensiva enquanto o bebê em meus braços já não chorava tão alto quanto antes.

— De boa. Tem algo que eu possa fazer... Pra ajudar? – Ele se senta na cama.

— Não sei, eu realmente não sei. – Eu estava exausta, não sabia o que fazer.

— Licença, eu posso? – Pede permissão para pegar Luca no colo.

— Sim... – Entrego o bebê a ele.

— Ei cara, você está sentindo alguma coisa? O que você acha de nós dois fazermos um combinado, hum? – Luca para de chorar e presta atenção em cada palavra dita pelo pai.

— Sua mamãe está muito cansada, vamos deixar ela descansar e eu te faço dormir, combinado? – O bebê sorri, como se aquilo fosse um sim.

— Veiga.. É sério, não precisa disso.. – Tento pegar o bebê de seus braços.

— Carol, pode descansar, eu faço ele dormir. – Veiga fala e sinto um choque percorrer pelo meu corpo assim que nos deitamos na cama, sim, nós três.

Meu coração parece esquentar, um sentimento de felicidade é capaz de preenchê-lo. Não percebo o tempo passar e assim que olho para o lado...

Veiga está dormindo, com Luca em seus braços, parecemos uma família, feliz...

QDT •

Sinto um peso na minha cintura, não me lembrava de ter colocado Luca para dormir atrás de mim. Instantaneamente me lembro da noite de ontem, Veiga...

Pulo da cama e o mesmo se assusta.

Amor? Vem deitar mais um pouco com nosso filho. – Travo na hora, Raphael disse nosso filho?

Raphael, o que você pensa que está falando? – Meu tom de voz aumenta.

— Hum? Carol? O que... Meu deus, me desculpa, isso foi um mal entendido, me perdoe. Eu não quis... – Ele parece desesperado.

— Tudo bem. Acho melhor você sair daqui, sua namorada não gostaria de saber que passou a noite aqui, comigo. – Caminho em direção ao banheiro.

— Nós brigamos, o que resultou no fim do nosso namoro. – Ele diz simplista.

— Finalmente, não queria encontrar ela pintada de ouro na minha frente. – Solto.

Ele não responde nada, fica rindo da minha cara. Nesse meio tempo, Luca desperta e fica balbuciando algumas coisas com Raphael.

O mais velho parecia encantado, e Carol, se sentia estranhamente bem com aquela cena...

Você acha que um dia, nós podemos voltar? – Sem mais nem menos, escuto Raphael soltar essa bomba.

— O quê? – Me viro pra ele, chocada.

— Carol, eu não sei como dizer isso. Mas desde que eu te reencontrei, senti borboletas em meu estômago, eu estava feliz. Durante a vida toda, achei que nunca mais iria te encontrar novamente. Quando eu te vi, o seu sorriso, o seu jeito doce e amoroso com as pessoas, tudo em você continuava do mesmo jeito. Não sei explicar, mas desde que eu peguei Luca em meus braços, senti uma conexão entre nós dois... Eu tenho o dever de cuidar e amar vocês dois, mesmo que o mundo inteiro se vire contra nós. – Ele declara, com os olhos cheios de lágrimas.

— Raphael, eu tenho medo... – Abaixo a cabeça.

— Do que? – Ele se aproxima de mim.

— Eu tenho medo da verdade estragar tudo. – Caio em lágrimas.

Ele parece confuso, mas não responde nada.


— E aí, gostaram desse capítulo?

— Querem revelações no próximo capítulo?? Comenta aqui!! Tudo depende de vocês!!

— Não se esqueçam de votar e comentar, é muito importante pra mim!!

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora