06.

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Carol Martins

Na manhã seguinte, estavam todos reunidos tomando café e eu perdida em meus pensamentos escuto Mari e Liz me chamando para conversar em um local mais reservado. Antes de acompanhá-la, deixo Luca com meu irmão.

— Amiga, uma hora ou outra, você vai ter que contar pra ele. – Liz fala.

— Sim, não dá mais pra fugir. – Mari concorda.

— Eu sei, mas não é fácil, eu tenho medo. – Respondo cabisbaixa.

— Não tem porque fugir, ele mesmo já disse que ama vocês. – Mari fala.

— Mas, e se ele deixar de amá-lo quando descobrir que eu o escondi por tanto tempo? – Sinto um bolo se formar em minha garganta.

— Conta pra ele Carol, você não vai se arrepender. – Liz me abraça.

— Vamos, limpa esse rosto, o pessoal já deve estar estranhando o nosso sumiço. – Concordo e voltamos para o "restaurante/padaria" do hotel.

Assim que nós entramos, me deparo com uma cena um tanto quanto comovente? Aquilo mexeu comigo, em níveis extremos.

Veiga estava sentado na mesa, com Luca em seu colo. Ambos davam gargalhadas altas, pareciam 'pai e filho'. O bebê tinha o mesmo sorriso que dava ao me ver.

Me aproximo sem jeito, não quero atrapalhar o momento 'deles'. Antes de sentar na mesa, Raphael me olha sem graça. Talvez ele não esperava que eu apareceria ali, agora?

Faço um aceno positivo com a cabeça, confirmando que não havia problemas o mesmo ficar em seu colo.

Raphael, posso conversar com você? A sós. – Eu estava nervosa.

— Claro, posso levar ele? – O mesmo recebe um aceno positivo.

— Então... Não estou te dizendo isso porque tenhho interesse em seu dinheiro, muito menos na sua fama, na real, eu nunca quis te contar isso- – Veiga interrompe minha fala.

— Você está me assustando Carol, pode falar.. – Veiga me encoraja.

— Luca é seu filho.. – Digo rápida, incapaz de olhar em seus olhos.

— O quê? – Ele grita. – Porque você não me contou? Porque você escondeu que eu tinha um filho Carol? PORQUE? – Ele grita chorando.

— Porque quando eu fui te contar, você disse que um filho atrapalharia a sua vida! Ou você se esqueceu disso?? – Elevo minha voz.

— Isso não importa, não agora! – Ele estava com raiva, mas decepcionado...

Raphael, para de gritar, vai assustar ele! Se acalma! – Me aproximo segurando seu rosto.

— Eu...Eu não consigo acreditar... Eu não estive presente na sua vida, no seu parto Carol, eu... – Eu nunca tinha visto Raphael tão fragilizado assim.

— Já passou, agora estamos aqui, você pode recomeçar sua vida, como pai. – Abraço ele e seus olhos brilham ao escutar a última palavra.

Ficamos abraçados por um tempo, até que Luca começa a choramingar.

O que foi meu amor? Está com fome? Mamãe vai dar o seu mama. – Pelo canto do olho, consigo enxergar Veiga observando nosso pequeno diálogo sorrindo bobo.

Raphael, senta aqui. – Chego para o lado, dando espaço para ele sentar perto de nós dois.

— Ele se parece comigo, você não acha? – Ele fala segurando a mãozinha do filho.

Sim, ele é meu Mini Veiguinha. – Um sorriso de orelha a orelha brota em seus lábios.

— Eu sempre quis ter um filho, por isso, muito tempo depois, eu ainda me arrependo de dizer aquilo pra você. – Ele me olha.

— Eu sofri, e muito. Mas isso é passado, vamos viver o futuro, como uma família.

Raphael se aproxima da janela e grita:

PORRA, EU SOU PAI! – Consigo ver a felicidade estampada em seu rosto.

— Você quer colocá-lo para arrotar? – Veiga concorda e eu me aproximo colocando Luca em seu braços.

— Ele dormiu, vamos deixar ele aqui e ficar lá com a galera. – Falo cobrindo o bebê.

— Ele vai ficar sozinho? Você tá doida, eu vou ficar aqui com ele! – Ele fala nervoso.

— Não, eu trouxe a babá eletrônica e vou deixar aí. Não se preocupe papai super protetor. – Ele fica sem graça e eu fico rindo da sua cara.


Um tempo depois, os meninos estavam na sala jogando videogame e as meninas na cozinha conversando.

Escuto a babá eletrônica avisando que Luca tinha acordado e no momento em que estou levantando da cadeira para subir até lá, vejo pelo aparelho Raphael entrar no quarto.

O mesmo pega o filho no colo e começa a conversar com ele. Meu coração está se sentindo confortável? Uma explosão de amor.

Meu filho... – Ele fala acariciando o rosto do bebê.

Você não tem noção do quanto eu te amo.. Só de segurá-lo em meus braços eu sinto que venci na vida. Não vou te abandonar, vou ficar pra sempre com você e a sua mamãe. Falando nela, posso te contar um segredo? – Luca parecia entender tudo que o pai falava.

– Eu ainda amo ela... – Depois de escutar isso eu não consigo esboçar nenhuma reação, eu estava em choque. Veiga ainda me amava?

Sou tirada de meus pensamentos quando escuto todos os amigos de Veiga gritando na sala.

O que aconteceu? Cadê meu filho? – Pergunto preocupada.

— RAPHAEL É PAI DO LUCA! EU SEMPRE NOTEI QUE ELES SE PARECIAM! – Endrick gritava animado. Ok, Veiga mal descobriu que é pai e já saiu contando para os amigos? Em meio a esses pensamentos, acabo rindo.

Sim, tenho meus motivos por não ter contado. Mas isso não importa! O que vocês acham de irmos na praia? – Sorrio sugestiva.

— BORA! – Levo um susto, pois Mari chega correndo na sala.

E por fim, minha família estava completa.


— Eu amei esse capítulo e vocês??

— Não se esqueçam de votar e comentar o que estão achando da história!!

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora