09.

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Carol Martins

Ultimamente estou passando alguns dias na casa do meu ex, Raphael Veiga. O mesmo disse, que seria mais fácil convivermos juntos, para cuidar do nosso filho, Luca.

Não sei como agir, muito menos o que sentir. Estou confusa, meus sentimentos estão uma bagunça. Mas no fundo, eu só estou aqui pelo meu filho.

Eu estava recebendo diversos ataques virtuais, haters e ameaças de morte. A maioria das pessoas me chamavam de interesseira, dizendo eu só voltei pelo dinheiro dele, com a "desculpa" que temos um filho.

Eu tento ignorar todos os xingamentos, mas ultimamente parece tão difícil. As pessoas se juntam para falar coisas horríveis sobre mim e até mesmo meu filho.

Não comentei nada com Raphael, não acho que seja necessário. Mas, de um tempo pra cá, sinto que esse esse hate esteja afetando minha vida de todas as formas possíveis.

— Licença minha filha, vocês não vão tomar café? – A mãe de Veiga pergunta entrando no quarto.

— Nós vamos sim. – Respondo cabisbaixa terminando de trocar roupa em Luca.

— Carol, você parece tão tristinha esses dias. Raphael disse alguma coisa que você não gostou? – Ela pergunta se sentando na cama.

— Não não, está tudo bem, eu acho.. – Olho pra ela.

— Não precisa me contar o que aconteceu, mas se você quiser desabafar, pode confiar em mim. – Ela sorri.

— Obrigada..

— Mas, sugiro que você converse com Raphael depois. – Ela responde saindo do quarto.

Perdida em meus pensamentos, uma risadinha me desperta.

O que você está rindo hein? – Pego Luca no colo. E o mesmo faz um beicinho, prestes a chorar. – O que foi? Está com fome?

E assim, nós dois passamos a manhã brincando no jardim.

Carol, a minha família vai passar o final de semana aqui, espero que você não se incomode. – A avó de Luca se aproxima de nós.

— Sem problemas Dona Márcia. – Respondo sorrindo.


— Meus amores, vocês estão aí. – Veiga surge na entrada do jardim sorrindo.

— Oi meu filho, que saudades! Seus primos estão chegando amanhã! – Márcia fala abraçando o filho.

— Tudo bem mãe. – Ele revira os olhos, mas sua expressão muda, ao ver nós dois sentados na grama brincando com alguns carrinhos de Luca. – Oi bebê, oi Carol. – Ele diz depositando um beijo em minha bochecha e pegando o filho em seus braços.

— Oi Veiga. – Respondo baixo.

— Podemos conversar? – Ele se senta ao meu lado na grama.

— Sobre? – Pergunto.

— Está acontecendo alguma coisa? Você anda meio estranha esses dias. – Ele parece preocupado?

— Eu ando recebendo diversos comentários horríveis ultimamente. As pessoas dizem que eu voltei pelo seu dinheiro. Raphael, eu não voltei por você, nem pelo seu dinheiro. Eu voltei pela minha família e em hipótese alguma, pensei que iria reencontrar você. Eu estou passando esses dias aqui porque você pediu, mas não é por mim, é pelo nosso filho. Eu não sei mais o que eu sinto, eu tô confusa, perdida... Desculpa, por desabafar.. – Solto um sorriso tentando disfarçar minhas lágrimas.

— Carol, você não precisa aceitar o que as pessoas falam de você. Eu conheço a pessoa que você é, sei que jamais estaria comigo por causa de dinheiro. E outra, eu só chamei vocês para passarem uns dias aqui, porque não queria parecer emocionado perguntando logo de cara se queriam morar aqui. – Olho pra ele sem acreditar.

— O quê? Isso é sério? – Pergunto

— Sim! Meio doido, não é? – Ele sorri.

— Você é completamente louco, Veiga. – Eu respondo rindo.

— Isso aí, gosto de ver você sorrindo. – Ele comenta.

— Para com isso. – Respondo envergonhada.

— Posso te falar uma coisa? – Ele segura minha mão.

— Pode? – Respondo relutante.

Eu ainda te amo Carol, sempre te amei... – Ele se aproxima de mim e me puxa para um beijo.

Eu também te amo, Veiga. – Respondo sorrindo, assim que nos afastamos.

— Finalmente o beijo veio aí!! Me desculpem pelo capítulo curto!!

— Gostaram desse capítulo?

— Não se esqueçam de votar e comentar!!

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora