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Obrigado a todos os comentários do último capítulo. Fico muito feliz quando vocês interagem!!

Não deixem de votar e comentar, mesmo que o capítulo não tenha reviravoltas (ou fortes emoções) como o anterior.
Percebo que o número de comentários e votos sempre caem nesses capítulos mais simples e isso me desmotiva muito... :((

Espero que gostem, boa leitura!

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Carol Martins

No meio da noite, acordei assustada, como se estivesse acontecendo alguma coisa ruim. Dito e feito, olho para o lado e vejo Raphael falando algumas coisas desconexas.

Vida? – Chamo ele, mas a tentativa foi falha. – Ei, acorda...

Carol, meu amor, não me deixa... – Ele sussurra e vejo algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto.

— Raphael, eu tô aqui, do seu lado, para com isso... – Seguro sua mão, mas ele parece não entender.

Nossos filhos amor... – Ele resmunga com a voz trêmula.

— Que? Vida, eu não tô entendendo o que você tá falando... O Luca tá dormindo, calma.. – Sento na cama e acendendo o abajur.

Me aproximo dele e coloco Raphael deitado no meu braço, com a outra mão livre, faço carinho em seu rosto, enquanto converso com ele.

— Eu estou aqui com você meu amor, no nosso quarto. – Faço uma pausa. – Luca está dormindo aqui do lado, no berçinho dele, a coisinha mais preciosa das nossas vidas..

Termino de falar e levo um susto quando Raphael levanta rápido, sentando na cama sufocado, tentando respirar. Ele olha para os lados confuso, procurando algo ou talvez alguém.

— Ei... – Coloco minha mão em seu ombro, chamando sua atenção.

Ele parece despertar, virando para mim com os olhos lacrimejando.

— V-Você... – Um soluço escapa de sua boca e abraço ele.

Eu me sentia angustiada, Raphael aparentava estar muito abalado e sensível com alguma coisa.

Tudo bem, estamos aqui, eu, você e o Luca... – Aponto para o berço. – Se quiser me contar, vou ouvir, caso contrário, faça isso quando estiver bem... – Beijo seu rosto e o mesmo me olha sem dizer nada.

Ficamos ali por mais alguns minutos, até que deitamos novamente e Raphael decide me contar.

— Não foi um sonho, foi um pesadelo, horrível.. – Ele sussurra e me conta cada detalhe do sonho.

Não sei se o que me pegou mais foi o fato de que uma briga resultou na minha "morte", ou ter perdido um bebê. Respiro fundo e tento afastar os pensamentos, mas, o foco não é esse agora.

Raphael está encarando um ponto aleatório do quarto, com uma expressão vazia. Em nenhum momento, ele soltou minha mão.
Deito no peito dele e escuto seu coração acelerado.

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora