Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)

26.

Carol Martins

No dia seguinte, acordamos por volta das 08:00 horas da manhã. Tínhamos combinado de ir em uma cachoeira linda, que ficava alguns metros do sítio.

Luca acordou mais dengoso hoje, já que os dentinhos estavam começando a crescer e se ele já é manhoso, ficava pior ainda.

Vou para o quarto onde estavam minhas malas, já que eu precisava trocar de roupa. Abro a porta e Raphael já estava acordado se arrumando. Não vou comentar nada sobre o que aconteceu ontem, não quero parecer surtada ou ciumenta.

— Bom dia linda. – Ele fala abraçando minha cintura.

— Bom dia.. – Sorrio com Luca agarrado em meu pescoço.

Deixo Luca na cama e coloco alguns travesseiros em volta, para que não tenha perigo dele cair da cama. Viro as costas e vou até o banheiro, fazendo minhas higienes matinais. Luca estava quietinho, até perceber que foi colocado na cama e adivinha? Começou a choramingar na cama, tentando virar.

— Mama... – Ele estica os braços pedindo colo, com um biquinho choroso nos lábios.

— A mamãe já vai meu amor, espere um pouquinho. – Falo terminando de fazer minha skin care.

Pelo reflexo do espelho, vejo Raphael se aproximando da cama, pegando o filho no colo.

— Papa...Mama... – Ele fala olhando para o pai e esticando os braçinhos em minha direção.

— A mamãe está ocupada filho, o que você acha de nós dois brincarmos de carrinho enquanto isso? – Raphael sugere ao filho, que ignora sua fala e continua me olhando com os olhinhos brilhando.

— Pronto, pronto! A mamãe tá aqui meu dengosinho.. – Pego o bebê no colo, que deita a cabeça em meu ombro.

— Porque ele está assim? – Raphael pergunta preocupado.

— Os dentinhos estão começando a crescer.. – Respondo.

— Humm, entendi.

— Você pode pegar alguma troca de roupa pra ele? – Me viro para Raphael.

— Claro que sim, minha vida! – Ele sorri me beijando e pega um kit baby do Palmeiras.

— Sério mesmo Raphael? – Falo indignada.

— É óbvio! Se eu coloquei minha camisa, vocês dois também vão vestir! Temos que sair combinando Carol – Ele fala todo alegre.

— Então tá bom né! – Falo rindo.

'QTD'

Confesso que não foi fácil sair de casa com Luca tristinho. Ele passou a maior parte do tempo no meu colo, segurando sua naninha.
Eu não estava afim de entrar na água, então fiquei sentada em uma mesinha com Luca.

Enquanto eu comia, coloquei ele pra mamar e cubro meu peito com um paninho. Estou com muita dor nas costas. Luca não queria se afastar de mim de jeito nenhum, logo ele que nunca negou colo do próprio pai!