13.

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Carol Martins

— Porque você está me ignorando? – Pergunta se sentando ao meu lado.

— Você ainda pergunta... Deixa de ser infantil Raphael. – Respondo sorrindo debochada.

— O que que foi agora? – Ele eleva o tom de voz.

— Você tá gritando porque? Acha que tá falando com quem? Você acha que eu sou que nem essas putas que você come Raphael? – Falo irritada.

— O quê? – Ele parece não entender.

— Não se faça de sonso Raphael! Semana passada você disse que me amava e no mesmo dia estava comendo uma puta?? Eu achei que poderíamos dar certo, mas eu fui enganada, novamente.

— O que você pensa que tá falando? Hein? – Ele levanta irritado, se aproximando de mim.

— PARA DE SE FAZER DE SONSO RAPHAEL! VOCÊ COME QUALQUER UMA NA RUA E NO OUTRO DIA FALA QUE ME AMA. PORRA, EU NÃO ESTOU PESANDO EM MIM, EU ESTOU PENSANDO NO MEU FILHO! COISA QUE EM MOMENTO ALGUM VOCÊ FEZ QUESTÃO DE PRIORIZAR! – Falo chorando.

— PARA DE FALAR MERDA! – Ele se aproxima irritado e assusta Luca que começa a chorar.

— Sai de perto de mim Raphael! – Falo assim que ele agarra meu braço. – Está me machucando e assustando ele!

A família percebe a confusão e sai para o lado de fora.

VOCÊ ESTÁ LOUCO RAPHAEL? SOLTA ELA! – O irmão grita furioso.

— Carol, pelo amor de deus, você está tremendo! Se acalma, Luca precisa de você amiga.. – Duda fala me abraçando.

— Eu... – Sinto minhas pernas fracas e caio de joelhos no chão. Eu estava em choque, segurando meu filho assustado.

— Vamos entrar minha filha, deixe eles aí. – Márcia fala me levantando. Ao entrar na casa, vamos em direção a sala.

— Tome um pouco, você vai se acalmar.. – Márcia fala me entregando um copo de chá.

— Ele ficou tão assustado... Eu sou horrível, uma péssima mãe... – Eu chorava e me culpava sem parar.

— Carol, não é culpa sua! Raphael tem que colocar na cabeça dele, que agora ele tem uma família! Ele não é mais um adolescente! – Márcia fala acariciando meu braço.

— Papa...'Mau'.. – Luca fala me olhando com os olhinhos brilhando.

Eu simplesmente desabei em lágrimas, meu mundo desabou, naquele exato momento. Meu coração parece ser rasgado, despedaçado da pior maneira possível.

— Meu filho, o papai não é mal, ele apenas se estressou, sim? – Forço um sorriso, enquanto lágrimas e mais lágrimas escorrem pelo meu rosto. Coloco o mesmo para mamar e assim que ele dorme, subo para o quarto.

Eu acabo adormecendo e acordo com Duda me chamando para almoçar.

– Não quero almoçar Duda.. Não tenho forças para encarar ele.. – Sussuro.

— Ele está no campinho jogando bola, fica tranquila. – Ela sorri acolhedora.

Enquanto almoço, coloco algumas colheradas de comida na boca de Luca. O mesmo estava amuado e manhoso. Não queria sair do meu colo por nada.. Quando eu estava terminando de comer, Raphael aparece na cozinha, sendo acompanhado pelo irmão. Luca ao perceber sua presença fala:

Papa... 'Mau'... – E todos os olhares vão em sua direção. Raphael está em choque, não diz nada, não se move.. Ele está processando o que seu filho acabou de dizer...

— Está tudo bem, está tudo bem Luca... – Falo abraçando ele.

— Luca... – Ele se aproxima do filho, que se mantém atento em seus movimentos.

— Com licença. – Me retiro da mesa, antes mesmo que ele possa dizer alguma coisa ao filho. Sigo em direção ao quarto e resolvo dormir um pouco.

1 hora depois:

Acordo com alguém batendo na porta e vou atender. Era Raphael...

O quê você está fazendo aqui? – Pergunto.

— Podemos conversar? Eu quero me desculpar.. – Ele pergunta.

— Agora não, por favor.. Tô com a cabeça cheia e Luca acabou de acordar.. – Falo cansada.

— Posso entrar? Quero ver ele.. – Veiga pergunta se referindo ao filho e eu concordo.

— Filho, papai está aqui, ele não é mal, certo? – Falo olhando em seus olhinhos e o mesmo parece concordar.

— Desculpa filho, desculpa o papai.. Eu não queria gritar com vocês.. Eu não queria te assustar... Eu estou destruído com tudo que eu disse e ouvi.. Eu mereço passar por essa dor, mas eu não aguento viver sem vocês.. Me perdoem... – Ele fala chorando.

— Raphael, não é fácil te perdoar.. Você teve atitudes inaceitáveis... – Falo o olhando.

— Eu não vou fazer mais isso com você... Com você não, com vocês! Eu errei, não mereço o seu perdão, mas me dá mais uma chance, como pai, para recomeçar... – Ele me olha.

— Raphael, essa é a sua Última chance...

– Chorei muito escrevendo esse capítulo!! O que vocês acharam?? Deixem aqui nos comentários!!

– Espero que tenham gostado!!

– Não se esqueçam de votar e comentar!!

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora