07.

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Carol Martins.

Uma semana depois, tudo mudou.
Veiga estava mais próximo de mim, passava a maior parte do tempo com o filho.
Eu estava confusa, eram muitos acontecimentos em uma semana.

Luca não dormiu muito bem essa noite, acordava de uma em uma hora chorando. Mal dormia e já acordava de novo. Meus instintos de mãe diziam que ele estava sentindo alguma coisa, mas eu não tinha a quem recorrer. Minha única escolha foi esperar o outro dia, assim, poderia pedir para alguém nos levar até o hospital.

Escuto a campainha tocar e vou ver quem era.

— Bom dia! – Veiga fala animado, mas sua expressão cai assim que percebe o meu cansaço. – Tudo bem? Você parece cansada.

— Luca não dormiu muito bem essa noite. Fiquei preocupada e não conseguia dormir. – Suspiro.

— E porque você não me ligou? – Fala preocupado.

— Você tem treino, não queria atrapalhar o seu sono. – Abaixo o olhar para o bebê em meus braços.

— Para com isso Carol, vocês não me atrapalham em nada. – Ele fala.

Concordo levemente e me sento no sofá com ele.

— Eu preciso levar ele no hospital.. Err.. Desculpa, não quero parecer interesseira, é realmente necessário, pelo bem dele. – Falo em um tom baixo.

— Eu posso levar vocês, não se preocupem. – Ele levanta pegando a chave do carro.

Já no hospital:

— Responsáveis de Luca Martins Veiga? – O médico pergunta.

— Somos nós, o que ele tem? – Veiga levanta preocupado.

— Ele já teve pneumonia? – O médico pergunta.

— Sim doutor, porque? – Pergunto aflita.

— Ele está com uma pneumonia bacteriana, acredito que tenha piorado esses dias. – O médico afirma. — É necessário que ele faça um tratamento o mais rápido possível, antes que comprometa sua saúde.

Sinto meu estômago revirar, minha boca seca, minhas mãos trêmulas. Eu não posso perdê-lo. Começo a chorar, não tenho condições de bancar esse tratamento.

E quando começa o tratamento? – Veiga pergunta.

— Talvez hoje? Vou deixá-los a sós por alguns minutos e já retorno para permitir que vejam seu filho. – O médico se retira.

— Raphael... Eu não sei o que fazer... – Sinto o mesmo me envolver em seus braços.

— Nós vamos cuidar dele, juntos. O que você acha de passar um tempo na minha casa? – Ele propõe.

— Não quero incomodar... – Respondo.

— Carol, já conversamos sobre isso. – Ele resmunga.

— Tudo bem... – O médico retorna.

— Podemos começar com o tratamento hoje mesmo e amanhã passo as instruções da medicação para continuarem em casa. – Ele segue em direção ao quarto.

— Com licença. – O médico e a enfermeira se retiram, deixando nós três a sós.

— Meu filho... – Raphael se aproxima chorando. – Desculpa... É minha culpa..

— Veiga, não é culpa sua.. – Acaricio suas costas.

— Desculpa não estar presente na sua vida antes. – Mais e mais lágrimas caem de seus olhos.

Luca estava quietinho nos observando. Um olhar triste, que partiu meu coração. Não tenho forças para ver meu filho naquela situação.

— O papai e a mamãe te amam. – Falo.

— Papa. – Luca fala e olho para Raphael espantada.

— ELE FALOU PAPAI! – Raphael grita animado me abraçando.

— Isso não é justo, achei que a sua primeira palavra seria mamãe! – Cruzo os braços.

— A mamãe tá com ciúmes, não liga pra ela. – Veiga conversa com o filho e o mesmo solta uma gargalhada.

— E você acha graça das bobeiras do seu pai né senhor Luca. – Faço cosquinhas no bebê.

— Fala, Mamãe! – Incentivo o bebê.

— Papa. – O mesmo repete.

— CHUPA! ELE FALOU PAPAI PRIMEIRO CAROL! – Raphael diz rindo da minha cara emburrada.

— Simplesmente o Luca falando papai!! :((

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Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora