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Espero que gostem!
Boa leitura!

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Carol Martins

Eu estava em choque, não entra na minha cabeça que isso seja real. Acho que fiquei uns 10 minutos relendo aquela notícia.

Um nó se forma em minha garganta e sinto Duda me envolver em um abraço. Não aguentei segurar, desabei ali mesmo. Eu abraçava Luca com todas as minhas forças, que me encarava confuso.

Duda me leva até o quarto de hóspedes, dizendo que seria melhor pra mim, passar a noite ali. Eu apenas concordei, e me deitei com Luca.

Estava com a mente em outro lugar e de qualquer forma, Luca sentia que eu não estava bem.

Mama... – Ele faz um beicinho choroso, e seus olhinhos se enchem de lágrimas.

Eu tenho que ser forte, ou pelo menos tentar, pelo meu filho. Ele precisa de mim.

Coloco o mesmo deitado em cima da minha barriga, acariciando seu rostinho e refletindo que se não fosse por ele, eu não teria forças para sequer reagir.

Sinto um aperto no peito, uma angústia tremenda. Eu me disponho a passar qualquer dor na vida, qualquer decepção. Menos ver meu filho sofrer..

Luca está quase dormindo, quando sinto suas mãozinhas agarrarem minha blusa, buscando proteção, carinho e aconchego. E mais uma vez, tenho a certeza de que preciso me manter forte por ele.

Carol? O que está fazendo aqui? – Raphael pergunta entrando no quarto.

Respiro fundo, contando até 10, para não voar em seu pescoço.

— Você não tem nada pra me contar Raphael? – Falo com um voz fria.

— Não que eu saiba... – Ele parece confuso.

— Eu não vou perguntar de novo Raphael! – Permaneço séria.

— O que você está falando?! – Ele se senta na cama.

— Você não olha a porra do Instagram?! – Eu falo furiosa e ele pega o celular. – Você se esqueceu de ser mais discreto na hora de comer aquela vagabunda no seu carro e me taxar de corna! – Respondo alterada, mas evito gritar para não acordar Luca que dormia profundamente.

— O quê?... Que porra é essa?! – Ele fala incrédulo.

— Eu que te pergunto Raphael, que porra é essa? – Suspiro irritada. – Enquanto eu estava em casa, cuidando do nosso filho, você estava na rua me traindo! Você é um filho da puta mesmo!

— Isso não é verdade Carol! Eu não beijei ninguém, muito menos fui em festa ontem! – Ele me olha sério. – Você prefere acreditar em uma página de fofoca, do que em mim?!

— Me diz Raphael, como você quer que eu confie em você?! Mostra, mostra pra mim que é mentira! – Olho pra ele irritada. – Quer saber, me deixa sozinha. Amanhã a gente conversa, eu não tô com cabeça pra isso agora.. – Sinto uma pontada forte em minha cabeça.

Última chance - Raphael Veiga (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora