09 - Caçando Nas Sombras

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"Eu nunca presenciei a perda porque nunca tive um ente amado para perder. O que é o luto, se não o amor perseverando?"


POV Natasha Romanoff

Após a descoberta da pasta "Morsus", não conseguia tirar aquilo da cabeça. Estava determinada a desvendar o mistério por trás desse nome desconhecido e o que ele poderia representar. Durante o dia, enquanto Wanda cuidava dos meninos e me ignorava completamente, eu usava todas as minhas habilidades e conhecimentos em tecnologia Stark para tentar quebrar a senha, mas todas as tentativas feram em vão.


Mensagens

Natasha: Mônica, veja o que consegue encontrar sobre "Morsus".

Mônica: Nossa, você some alguns dias e aparece só para me dar ordens?

Natasha: Não seja dramática.

Mônica: Sim, senhora.


Utilizando um dos programas de Tony para descriptografar, me deparo com uma contagem regressiva.

— 2 horas? Acho que o Stark não é mais como antes mesmo.

Eu suspirei e decidi deixar o notebook de lado por um momento. Precisava de um respiro e uma distração dos pensamentos que me envolviam. Caminhei até os fundos da casa, onde havia um amplo quintal com árvores e um balanço.

Observava Wanda ajudando Billy e Tommy a andarem de bicicleta. Wanda segurava a bicicleta de Billy com uma mão enquanto o incentivava a pedalar com determinação.

— Isso, Billy! Você está fazendo muito bem! — Wanda gritava com um sorriso em seu rosto.

Tommy, por sua vez, estava um pouco mais hesitante, mas ainda determinado a aprender. Ele se equilibrava com cuidado na bicicleta, com os olhos fixos em Wanda.

— Vai, Tommy, você consegue! — Ela dizia, encorajando-o.

Assistia à cena com um aperto no coração e, apesar de tentar disfarçar, não conseguia esconder minha irritação. As palavras de Agatha vinheram atona "Ela não é sua Wanda" Respirei fundo, decidida a resolver a situação de uma vez por todas. Caminhei até Wanda, que ainda estava concentrada nos meninos, e a chamei para conversar.

— Wanda, precisamos conversar. — Minha voz soou séria e um tanto rancorosa.

Wanda olhou para mim, notando a expressão tensa em meu rosto.

— Sobre o que é a conversa? — Ela franziu a testa.

— Vamos conversar lá dentro, longe dos olhos dos meninos. — Olhei ao redor, observando os meninos brincando com a bicicleta.

Wanda se levantou, relutante, mas sentindo que aquela conversa era inevitável. Ela olhou uma última vez para os meninos, dizendo que voltaria em breve, e seguiu comigo para dentro da casa.

Assim que entramos, fechei a porta atrás de nós e encarei Wanda com seriedade.

— Isso não é certo, Wanda. Você não pode simplesmente possuir o corpo de outra pessoa e fingir que nada aconteceu. Esses meninos são nossos filhos, e eles merecem ter suas verdadeiras mães com eles.

Wanda desviou o olhar, e pude ver um nó se formar em sua garganta.

— Eu sou a mãe verdadeira deles. — Wanda respondeu, com voz trêmula. — Eu só queria ter momentos como esse novamente.

— E acha que é justo fazer isso à custa da minha vida? Você realmente não pensou nas consequências, não é? — Retruquei, com sarcasmo.

— Eu sei que fui egoísta, Natasha. Mas eu estava desesperada. Perdi meus filhos e quando vi a chance de ficar com eles novamente. — Wanda começou a chorar, as lágrimas escorriam por seu rosto.

— Não me interessa o que você perdeu no seu universo. Isso não lhe dá o direito de tomar o que é meu — Falei, interrompendo Wanda com rispidez.

Wanda olhou para mim com tristeza, e pude sentir a dor das palavras duras.

Violeta nos interrompeu "Desculpe-me. Mas eu estou monitorando os sinais vitais da Senhora Romanoff-Maximoff. Ela apresenta batimentos cardíacos acelerados, pressão arterial elevada e sua respiração está irregular. Devo acionar um médico imediatamente?"

Emerge | Wantasha ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora