Cap 7 - Encrencados & Apaixonados

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Era uma linda manhã, os pássaros cantavam, Collei colhia algumas frutas para o café da manhã e o patrulheiro tomava seu banho matinal. Depois de colocar seu uniforme de sempre, foi até até a árvore onde Cyno disse que dormiria e o chamou.

Como não recebeu uma resposta, ele subiu até a árvore para ver o que aconteceu. Ao chegar lá em cima, Tighnari o chamou novamente.

- Cyno? - Nari o balançou levemente para acordar.

O general pulou de susto e sem pensar duas vezes abraçou o patrulheiro que se assustou com a reação repentina.

- Me perdoa... - ele começou a repetir diversas vezes enquanto apertava mais e mais Tighnari, deixando-o cada vez mais confuso e preocupado.

- O que aconteceu? Pela Arconte, se acalme!

Quando finalmente o orelhudo se livrou do abraço de Cyno e se recompôs, questionou o que havia acontecido e o General apenas disse que foi um sonho ruim - e realmente foi, um sonho bem mais profundo do que só um pesadelo.

Depois de conversarem e Tighnari ter certeza que estava tudo bem, ambos desceram para tomar café da manhã. Cyno disse que gostaria de conhecer a cidade com Tighnari, o patrulheiro ficou feliz de ser como um guia do General. Visto o comportamento antigo, jamais imaginou ter essa experiência de apresentar um lugar julgado pelo próprio General como horrível.

Collei os acompanhou por todo trajeto, a garota era adorável e sem dúvidas conquistou o coração de Cyno, ela dizia o que tinha em cada barraquinha e quais eram suas favoritas.

- fico feliz que esteja gostando daqui, Mestre Cyno!

- É totalmente o oposto do que eu imaginava...

- Venha, agora vamos na venda de cartas de TCG!

Cyno sentia-se... Vivo? Ele não sabia muito bem o que pensar. Era um sentimento muito peculiar mas ele estava sendo feliz de verdade ao lado de Tighnari e Collei, era como se o tempo passasse mais rápido que o normal.

O general gastou muita Mora com as cartas raras que encontrou nas barraquinhas de TCG, foi tanta empolgação que Tighnari tomou os pacotes de Mora do rapaz para que não ficasse pobre.

- Chega! Precisamos almoçar agora, desse jeito vai acabar sem dinheiro, General!

- Só mais algumas, pra favor...

- Não, você tem que impor limites a si mesmo. Não é saudável gastar tanta Mora desse jeito.

Depois de um sermão por ser impulsivo, Cyno aceitou que já tinha gastado além de mais da conta e voltaram para casa do patrulheiro para almoçarem. Collei se animou quando descobriu que seu mestre quem faria a comida, a garota amava o ensopado de cogumelos de Tighnari; era uma especialidade!

Conversa vai, conversa vem. Collei avisou que tinha alguns assuntos para resolver com os outros patrulheiros mirins. Antes de se retirar, o mestre Tighnari deu um beijinho na bochecha da garots e desejou boa sorte. Cyno olhou aquela cena e ficou pensativo...

O Feneco organizava as estantes e limpava os restos de comida, enquanto o general apenas observava quieto; um silêncio pairou no ambiente, Tighnari gostava deste silêncio, diferente de Cyno que imediatamente se demonstrou desconfortável.

- Tudo bem? - o orelhudo perguntou notando a inquietude do outro.

- Nada, só não estou acostumado com essa... Calmaria. No deserto sempre havia algo para fazer.

- Haha, imagino. Mas tente relaxar um pouco! Que tal darmos uma volta?

Cyno concordou. Tighnari tinha que estocar mais frutas para que Collei não precisasse sair toda manhã para coletá-las, então aproveitou para levar a cesta e colher no caminho, o general se prontificou em ajudar.

Cynonari - Separados por uma mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora