Capítulo 48

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Notas da Autora: Oi, vamos tentar terminar essa fanfic, nem que seja um capítulo por semana. Aliás, tenho novidades. Finalmente estou me consolidando na escrita, tenho uma comedia romântica com HOT a ser lançada no dia 05/08 chamada APOSTA FURADA, espero que vocês estejam lá comigo e, por favooooor, me sigam no insta para ajudar a tia? @marinaantoniassi.autora

É O QUE TEM O PONTO!

E depois eu vou começar a escrever livros de fantasia com romance, então, me acompanhem por lá para saber de tudo.

Vamos ao que interessa: Fanfic.

Gwyn

Azriel se mantinha pensativo desde que retornaram da casa de Despina. Suas sombras estavam levemente ausentes, não que haviam desaparecido por completo, mas pareciam estar em menor densidade. Tentaram esperar por ela, mas, aparentemente, aquela era uma rotina comum quando o ecantador de sombras estava por perto. Em algum momento a mãe acabava por notar as semelhanças e então o esquecimento provocado pela tortura que havia sofrido, também a de ver o próprio filho sendo ferido, se desvanecia e a realidade a acometia. Algo que Despina não sabia como lidar, a dor ainda muito presente, como se os séculos não tivessem passado.

Então ela precisava ser colocada para dormir e isso poderia levar horas ou mais de um dia. Dava para ver nos olhos do mestre espião o quanto aquilo era pesado emocionalmente e o quanto estava sendo difícil se abrir daquela forma.

Aquilo fizera com que Gwyn sentisse uma identificação pela exposição e não se sentia tão repelida a continuar tocando-o, ainda que apenas em suas mãos.

A ruiva achou melhor irem embora para que talvez ele pudesse se sentir menos doloroso na própria cabana e o illyriano aceitou rapidamente.

Seja o que fosse que ele e Cassian tinham ido resolver a respeito do incêndio no dia fatídico em que Gwyn se perdera no próprio trauma, Rhysand não veio incomodá-lo a respeito.

Os dois estavam sentados de frente para a lareira na parte inferior da cabana, cada um em uma parte do grande estofado, cada um com um livro, ligados pelos pés que se tocavam. Era nítido que o moreno não estava prestando atenção nas páginas. Toda vez que Gwyn levantava os olhos para observá-lo, os olhos dele estavam diretamente conectados com as chamas.

Sabia que ele deveria estar pensando na mãe e no passado deles, não queria atiçar uma dor já aberta, mas não queria vê-lo daquela forma. Procurou pelo assunto seguro.

— O que aconteceu de novo sobre o incêndio na Biblioteca e no Teatro?

— Oi? — A voz dele estava perdida, tentando sair dos próprios devaneios e quando isso aconteceu, voltou a responder. — Tiveram apontamento sobre três illyrianos do acampamento, O próprio comandante nos avisou e fomos rastreá-los, porque, aparentemente, eles fugiram das estepes após serem descobertos.

A forma como ele verbalizou a última palavra deixara a sacerdotisa levemente intrigada.

— Por que você disse isso dessa forma?

— Que forma?

— Como se estivesse debochando da informação que você mesmo está proferindo.

— Não é deboche, é incredulidade. — Ela ergueu uma das sombrancelhas e ele sorriu depois de ficar alguns segundos analisando todo e qualquer centímetro presente no rosto da jovem. — A história parece extremamente cheia de pontas, além de forjada.

— Então você acredita que Devlon mentiu?

— Ele parece estar escondendo alguma coisa, infelizmente eu ainda não sei o que exatamente. Por isso estou mantendo as sombras temporariamente longe, em busca de colher mais informações. — Apertou a ponte do nariz suavemente e depois suas mãos se guiaram para tocar os pés da ruiva, num carinho inconsciente.

CORTE DE ALMAS E SOMBRAS - Azriel E GwynOnde histórias criam vida. Descubra agora