CORTE DE ALMAS E SOMBRAS - Azriel E Gwyn

EXTRA - LUCIEN

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Lucien

Lucien ficou extremamente confuso ao ler a carta da mãe com dizeres curtos, sem revelar muita coisa. O que mais chamara a atenção dele foi que ela o havia convocado para conversarem na Corte Diurna.

Seu cenho havia se franzido na hora por que, até onde ele sabia, O Grão Senhor da Corte Outonal não simpatizava com o Grão Senhor da Corte Diurna. Não que ele simpatizasse com alguém, mas, definitivamente, ele possuía algum tipo de raiva sobre tal corte.

Ele ouvira certos boatos maldosos, quando era criança e adolescente, sobre a causa ser um envolvimento da mãe com o homem, mas ele vira, com os próprios olhos o quanto eles não interagiram sob a montanha e poderia jurar que nunca havia visto possibilidades de a mãe sair da Outonal.

Descartou a hipótese depois de se envolver em algumas brigas desnecessárias.

Porém, ali estava ela, na Corte Diurna e ele não conseguia imaginar o porquê. Talvez ela tivesse saído da Corte Outonal para falar com ele já que sabia que ele jamais colocaria os pés lá novamente, mas ela poderia ter feito isso em qualquer outra corte, então por que aquela?

Assim que colocara os pés na Corte Diurna, foi recepcionado, como esperado, pelos guardas que protegiam a enorme fortaleza na montanha. Eles o guiaram até o hall do castelo, onde um homem, que agora ele sabia ser o segundo no comando da Corte Diurna e se chamava Don, o aguardava.

- Bem vindo. – O homem disse apenas.

- Obrigado. – Respondeu, tentando não desviar os olhos e dar uma bela olhada em volta. Queria saber onde estava a mãe e poder entender tudo o que estava acontecendo, afinal, ela não havia dito muita coisa na carta. – Pode me guiar até minha mãe?

O homem fez um gesto afirmativo e indicou o caminho com o braço, Lucien o seguiu. Ele parou diante de uma porta dupla gigantesca e dourada.

- Vai encontrar o que precisa nesta sala. – Ele disse apenas, sem abrir a porta. Lucien encarou as costas do homem enquanto ele se afastava e só então se virou de frente para a porta. Girou a maçaneta e empurrou um dos lados, percebendo de imediato estar em uma biblioteca gigantesca.

Era como se o sol estivesse iluminando por si só a sala, mas ainda assim, não atrapalhava a leitura. Claramente era mágica.

Olhou ao redor em busca de uma cabeleira ruiva que pudesse denunciar o paradeiro da mãe, mas, a única com tais descrições era uma jovem que falava com o Grão Senhor da Corte Diurna. Não era a sua mãe.

- Tudo bem, Genya.. – Ouviu o homem dizer antes de se retesar e olhar exatamente para onde Lucien estava. Ele se endireitou um pouco, dispensando a funcionária.

- Eu estou procurando por minha mãe.

Helion pareceu respirar fundo antes de responder.

- Ela não está na Biblioteca.

Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça, antes de dizer.

- Me desculpe, fui informado erroneamente.

O homem fez um gesto afirmativo e tinha uma expressão de frustração.