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XI, Tudo Que Você Perde É Um Passo Que Você Dá
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐀 Praia inteira estava reunida no saguão do hotel, ouvindo o pronunciamento de Niragi acerca da escolha do novo líder da Utopia após dar a notícia da morte de Chapeleiro.
Mei estava encostada na pilastra observando Chishiya, que observava a movimentação. Todos estavam preparados para o plano, posicionados em seus devidos lugares. Exceto Mei, que não encontrava-se em seu posto original devido ao pedido de Chishiya de que ela o seguisse até onde ele estava.
Por mais que tentasse, a Kugisaki nem sempre era capaz de compreender o que passava na cabeça de Chishiya. Apenas nas vezes em que seus pensamentos coincidiam-se um com outro, mas não era algo recorrente.
— O novo líder está discursando no saguão. — disse Chishiya no walkie-talkie — Todos os membros executivos e da milícia estão no anexo. Não teremos outra chance destas. Eu aviso se houver alguma mudança. Estou contando com você, Arisu.
— Entendido. — a voz de Arisu ecoou pelo walkie-talkie tanto de Mei quanto de Chishiya.
— Aguni não tem nenhum carisma. — Mei murmurou ouvindo o discurso do mais novo líder da Praia — Se fosse o Chapeleiro dizendo para morrerem por ele certamente já teriam alguns mortos ali no meio.
Um suspiro pesado deixou os lábios da Kugisaki e sua atenção retornou-se a Chishiya que posicionava-se ao seu lado com um sorriso vitorioso em seus lábios.
— Irá me dizer o que eu estou fazendo aqui com você ou terei que descobrir sozinha? — perguntou Mei cruzando os braços a frente de seu corpo.
— Tenho uma notícia que talvez te interesse. — Chishiya encarou atentamente os olhos de Mei. Por algum motivo ele gostava dos olhos dela. Talvez fosse a melancolia ou a opacidade deles, talvez fosse a cor de chocolate ou talvez ele só estivesse procurando motivos por não ter nenhum. Certamente não era do feitio de Shuntaro gostar ardentemente e genuinamente de algo sem nenhum motivo aparente, mas Mei conseguia ser uma exceção para quase tudo.
— E não poderia me dizer após tudo isso? — perguntou sem quebrar o contato visual — Achei que era para eu estar de guarda.
— O plano nunca foi ter você de guarda e isso aqui é muito mais interessante... — Shuntaro procurou algo no bolso de sua bermuda, ele retirou um pedaço de papel dobrado e meio amassado e estendeu na direção da mulher a sua frente.
Mei pegou o papel receosa e o abriu, vendo os rabiscos de caneta. Era o misterioso papel que estava com a mulher de máscara de cavalo do jogo do símbolo.
