Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
XVI, Sobreviventes
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤO cenário pós-apocalíptico de Tokyo parecia algo utópico. Kugisaki Mei nunca havia pensado que um dia veria algo tão surreal quanto aquela vista, tudo coberto por vegetação, sem uma única pessoa vagando pelas ruas, era tudo contrário da cidade de concreto que um dia ela conheceu e que um dia chamou de lar.
No céu, havia apenas dois dirigíveis, o da Rainha de Copas e o do Rei de Espadas.
Os demais jogos haviam sido zerados, sobrando aqueles que aparentavam ser os mais difíceis e mais brutais. Jogos psicológicos e de força física certamente não eram um dos mais fáceis levando em conta o massacre que era causado na maioria deles.
— E aí?! — exclamou Chishiya, tirando Mei do transe de suas ideias, contudo ao notar a figura de Arisu não muito longe deles, ela notou que o médico falava com o outro e não consigo — Então você teve a mesma ideia.
— Chishiya… Kugisaki… — disse Arisu com uma evidente surpresa.
— Arisu. — Mei o cumprimentou com um aceno de cabeça.
— Faltam dois jogos. Está todo mundo vindo pra Shibuya. Eu sabia que você tinha sobrevivido.
Os dois homens se encararam por alguns segundos em silêncio.
— Você mudou bastante, sabia? — comentou Arisu.
— Talvez. — Chishiya disse olhando de soslaio para Mei, fazendo com que Arisu acompanhasse seu olhar, logo entendendo o que estava acontecendo.
Era evidente, para aqueles que havia convivido com ele mesmo por pouco tempo, a sutil mudança de comportamento de Chishiya, embora ele parecesse o mesmo desde sua entrada naquele mundo.
— Você parece menos insuportável. — A fala do rapaz arrancou uma fraca risada de Chishiya.
— Onde está Kuina? — Mei perguntou a Arisu, já que a última vez que a havia visto, ela estava fugindo junto com ele.
— Faz um tempo que nos separamos. Ela disse que ia atrás de vocês.
Mei apenas suspirou, não podia deixar de se preocupar com Kuina, não quando ela havia sido uma pessoa importante para si naquele fim de mundo.
— Arisu… Posso contar uma coisa que nunca contei a ninguém? — diz Chishiya, não apenas despertando o interesse de Arisu, mas também o de Mei.
— Claro. — Arisu afirmou, desviando o olhar rapidamente para a mulher ao lado do loiro.
— Eu…
Antes que Chishiya pudesse dizer qualquer coisa, ele foi acertado com um tiro, assustando todos presentes com o acontecimento repentino.
