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XVII, O Fim É Apenas O Início ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤOs insistentes raios de Sol passavam pela brecha da cortina do quarto de hospital. Na cama próxima a janela do cômodo inteiramente branco, Kugisaki Mei dormia tranquilamente. Embora tivesse gazes enroladas por algumas partes de seu corpo, principalmente ao redor de seu tronco, sua respiração era estável e calma.
Contudo, com os raios solares atingindo seu rosto, seu sono logo foi interrompido. E vagarosamente Mei piscou seus olhos enquanto tentava se acostumar com a claridade.
— Você finalmente acordou. — Uma voz chamou sua atenção, a fazendo virar na direção do som.
Ao seu lado, sentada em um banco próximo a cama, estava uma mulher com vestimentas do hospital e tinha seus dreads presos em um rabo de cavalo.
— O quê? — Mei olhou ao seu redor desorientada e tentou se levantar da cama, mas rapidamente se arrependeu da ideia ao sentir uma dor infernal na lateral de seu corpo.
— Hey, vai com calma! — a mulher desconhecida disse tentando ajudar Mei a voltar para a sua posição deitada. — Vou chamar uma enfermeira, por favor fique deitada.
Mei ficou em silêncio e observou a desconhecida sair do quarto enquanto se apoiava em um suporte de soro hospitalar. Os olhos de Mei desviaram-se da porta e encontraram o teto branco do quarto. Os questionamentos aos poucos foram se formando em sua mente e Mei só desejava entender o que estava fazendo em uma cama no hospital, sendo que a última coisa que se lembrava era de estar em Shibuya, em uma cafeteria aguardando sua orientadora e Utahime.
— Fico feliz que tenha acordado. — A enfermeira se aproximou com uma prancheta em mãos, mas ela não estava acompanhada da mulher misteriosa que minutos atrás estava sentada ao lado da cama de Mei.
— O quê… O quê aconteceu? — Mei perguntou com a voz rouca, sentindo a sua garganta arranhar ao falar.
— Um meteoro caiu no bairro de Shibuya, tiveram muitas vítimas infelizmente — A enfermeira olhou para Mei com o olhar cansado e a voz triste, parecia que fazia um bom tempo que ela não tinha um descanso adequado — Seu coração parou por um minuto, assim como os de todos os sobreviventes. Mas não temos explicações concretas para o que pode ter levado tal acontecimento. — a enfermeira deu uma pausa e suspirou antes de retomar a falar — A Senhorita se importa se eu fizer algumas perguntas? Precisamos de alguns dados seus, mas não conseguimos encontrar ninguém que a reconhecesse.
— Tudo bem… — Mei respondeu simplista.
Contudo sua mente vagava para um lugar muito longínquo. Toda aquela situação a qual estava submetida parecia mais ficção do que de fato a realidade. Um meteoro em Shibuya? O coração de todos os sobreviventes pararam por um minuto inteiro?
