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XIII, (Acabei De) Morrer Nos Seus Braços
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐒hibuya estava estranhamente silenciosa.
Embora toda Tóquio estivesse submersa em um silêncio ensurdecedor desde o desaparecimento de quase toda a população da cidade e o aparecimento dos estranhos jogos mortíferos que aparentavam alimentar a necropolítica, ainda sim era estranho ver um local que costumava ser tão movimentado não ter ninguém. E naquele momento havia apenas cinco pessoas paradas no meio da rua, observando uma enorme tela de um dos prédios escrita "PRÓXIMA FASE. INÍCIO". Cinco pessoas que estavam presas naquele local, sem respostas, divididas entre a vida e a morte. Sem saberem se algum dia voltariam a viver a vida que tinham antes.
Kugisaki Mei não conseguia imaginar voltar a sua vida, a sua antiga rotina, não depois de tudo que presenciou, não depois de tudo o que fez. E por um momento, ela se perguntou se realmente valia a pena continuar até o final.
Por que ela ainda continuava tentando sobreviver naquele limbo?
Mei, definitivamente, não era do tipo religiosa e muito menos firme em suas crenças, mas no fundo ela perguntava-se do por que Izanami¹ simplesmente não a deixava morrer. Seria aquilo um tipo de redenção aos seus pecados? Um purgatório responsável por destruí-la mais do que o antigo mundo já havia feito consigo?
— O jogo ainda não começou. — Arisu comentou quebrando o silêncio.
— Já passou uma hora? — Perguntou Usagi.
— Devem ter esquecido de apertar o botão.
— Não consegue levar nada a sério? — Mei cruzou os braços em frente ao corpo e olhou na direção de Chishiya.
— Apenas descontraindo. — o loiro deu de ombros com um sorriso ladino.
— Será que não vão explicar as regras? — Perguntou Kuina — O que foi? — a mulher virou-se na direção de Usagi que parecia inquieta.
— Ouvi alguma coisa. — Usagi passou por Chishiya e Mei, olhando para a avenida. A súbita movimentação da alpinista chamou a atenção dos demais, fazendo com que o restante se juntassem a ela até alguns carros entrarem em seus campos de visão.
— Eles são da Praia. — Comentou Kuina.
— O que fazem aqui? — perguntou Arisu para um homem enquanto as pessoas saiam dos veículos. — Por que estão aqui?
— Vimos os dirigíveis. — respondeu o desconhecido.
— Soubemos que a próxima fase vai começar. — disse uma mulher que estava próxima a Arisu e ao desconhecido.
